TJDFT recebe Mediador Internacional Juan Vezzulla

por ACS — publicado 2017-06-09T17:15:00-03:00

Curso Vezzulla - Mediação e Identidade ComunitáriaO Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios- TJDFT concluiu no último 31/5 o curso “Mediação e Identidade Comunitária”, com o mediador internacional Juan Carlos Vezzulla. O argentino Vezzulla é psicólogo, mestre em Serviço Social, cofundador e presidente científico dos Institutos de Mediação e Arbitragem do Brasil e de Portugal, além de formador de mediadores em países da América Latina, Europa e África.

Promovida pela Escola de Administração Judiciária, a atividade de capacitação contou com magistrados e servidores do Tribunal, que tiveram amplas oportunidades de aprendizado, reflexão e debate sobre temas como: natureza dialógica do ser humano, culpa e penalização, reparação e perdão, modelos de interação social e o papel do mediador em famílias, no Judiciário, em grupos de adolescentes, escolas e estabelecimentos prisionais.

Ao tratar da atuação do mediador, o professor afirma: “Não cabe ao mediador reduzir a discussão. Ele introduz o ritmo, a maneira como ela pode ocorrer. É importante chegar com seu ‘não-saber’. As propostas são elementos mobilizadores do grupo, não um roteiro de quem detém o saber.  Mediar é fazer com que as pessoas se escutem, pois,  assim, vai-se formando a identidade dos grupos. As tensões geradas numa família, por exemplo, não se estão exatamente pelo que se diz, mas ,sobretudo,  pelo que motiva o que se diz ou por aquilo que não é dito”.

Vezzulla defende que “identidade”, seja ela individual ou comunitária, não se trata de um conceito fechado, e sim de um processo aberto, em formação.  “Minha expressão de autorrealização não pode se dar pela supressão total das minhas identidades, que se revelam pelo que como, pelo que visto, pelos que me acompanham, pelos grupos aos quais pertenço... Em algum momento na vida, todos nós nos sentimos ‘patinho feio’. No conto infantil, a lição que vem acalmar a angústia da criança é que o sentir-se excluído finda por sentir-se superior. Nos nossos grupos, esperamos ser reconhecidos, assim como nas redes sociais. Se estou só, sinto-me mais fraco. Se estou em grupo, sinto-me fortalecido. Perdemos o equilíbrio quando não nos sentimos reconhecidos na identidade que desejamos”, afirma Juan Vezzulla.