1ª VIJ e UnB realizam curso sobre mediação no campo sociojurídico

por SECOM/1ª VIJ — publicado 2012-09-28T16:35:00-03:00

A equipe interprofissional da 1ª Vara da Infância e da Juventude do DF (1ª VIJ), em parceria com o Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), promoveu o curso “Mediação: subsídios para o trabalho interprofissional no campo sociojurídico”, durante os dias 26 e 27 de setembro, no auditório da 1ª VIJ. O evento contou com a participação de assistentes sociais, psicólogos e pedagogos do TJDFT e estudantes da UnB.

Abriram o evento o assessor técnico da 1ª VIJ, Eustáquio Coutinho, a supervisora substituta da Seção de Fiscalização, Orientação e Acompanhamento de Entidades da 1ª VIJ, Vânia Sibylla, e o coordenador de estágio supervisionado do Departamento de Serviço Social da UnB, Reginaldo Guiraldelli. Eustáquio agradeceu a parceria com a UnB, que proporcionou a vinda do professor doutor Reinaldo Nobre Pontes para ministrar o curso, e destacou a mediação como importante ferramenta de pacificação de conflitos no contexto dos conselhos tutelares.

Na primeira parte do curso, Reinaldo Pontes teorizou sobre o processo de mediação, que, segundo ele, é coletivo e complexo. O professor ensina que, em um primeiro momento, a realidade pode se confundir com a aparência, o que exige do profissional atitude crítica acerca do fato, conhecimento da origem do problema, compreensão das tendências históricas e de outras conexões que lhe permitam construir uma realidade refletida. Esse caminho da prática à teoria, e regressando à situação concreta, favorece outra leitura da realidade pelo profissional, que passa a buscar alternativas de intervenção e perspectivas para o enfrentamento do conflito.

No último dia do curso, os participantes realizaram uma atividade prática em grupo utilizando casos reais de suas vivências. A partir de um quadro esquemático de referência para reconstrução de mediações em serviço social, os grupos analisaram as singularidades, as particularidades e as universalidades dos casos escolhidos. As análises grupais foram compartilhadas com todos os participantes do curso.

Nas palavras de encerramento do curso, o professor Reinaldo Pontes falou do uso e do resgate de conceitos no trabalho na área sociojurídica. Na visão de Pontes, o mínimo de garantias individuais e sociais estabelecido em lei tem que coincidir com a dignidade humana. Segundo o professor, é preciso recuperar o conceito de cidadania e dar a devida importância à diminuição das desigualdades sociais.

“A realidade é complexa e exige uma visão global das situações”, afirmou o professor, destacando a perspectiva de totalidade como importante na busca de soluções para os problemas. Ainda de acordo com Pontes, a transformação da sociedade exige uma consciência coletiva para convergência de ações visando a melhorias para todos.