VIJ-DF orienta público sobre adoção no Parque da Cidade

por LF/SECOM/VIJ-DF — publicado 2015-05-25T20:25:00-03:00

Assista ao vídeo sobre a ação da VIJ-DF no Dia Nacional da Adoção no Parque da Cidade

O Dia Nacional da Adoção, 25 de maio, foi comemorado pela Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal – VIJ-DF com orientações ao público no Parque da Cidade, no período das 10h às 16h. Estacionado em frente ao Parque Ana Lídia, o ônibus da Vara, equipado com notebook e mesas de atendimento, serviu de apoio para que servidores capacitados no assunto esclarecessem as dúvidas das pessoas sobre adoção de crianças e adolescentes.

Ao abraçar a ideia da VIJ-DF de ir até a comunidade, o assessor técnico da Vara, Eustáquio Coutinho, disse que “a ação tem grande importância porque sensibiliza o cidadão de Brasília a conhecer os trâmites legais da adoção, que deve ser sempre intermediada pela Justiça”.

Os servidores da Seção de Colocação em Família Substituta da Vara – SEFAM/VIJ-DF conversaram com as pessoas interessadas e distribuíram cartilhas sobre os trâmites para acolher crianças e adolescentes e sobre entrega de filhos em adoção por gestantes e mães à Justiça Infantojuvenil, procedimento recepcionado pela Lei nº 12.010/2009, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Entrega em adoção

O defensor público Sérgio Domingos, coordenador do Núcleo da Infância e da Juventude do Distrito Federal, esteve no local para prestar esclarecimentos jurídicos e se manifestou sobre a temática lembrando que a Defensoria Pública vem realizando serviço de excelência no atendimento às mães e gestantes que desejam entregar seu filho em adoção, como parte do programa que vem sendo desenvolvido pela VIJ-DF desde 2006.

Domingos ressaltou que “o procedimento de entrega não denigre a imagem das mães e não depõe contra o interesse da criança, uma vez que previne toda sorte de abandono. Quando a mãe externa o desejo de entregar o filho, ela é acolhida pelo setor técnico da Vara e é orientada quanto aos aspectos jurídicos pela Defensoria”. O atendimento pelo Núcleo da Infância e da Juventude é gratuito e não observa qualquer critério de renda para quem deseja adotar, acolher em guarda ou entregar seu filho em adoção.

Adoção tardia

Campanhas e ações de esclarecimentos costumam levar os interessados em adoção a refletirem sobre suas escolhas. Atualmente, o cadastro de adotáveis é constituído, em sua maioria, por crianças de idade mais avançada e grupo de irmãos, perfil distante do inicialmente sonhado pelas famílias.

Sobre as mudanças no cadastro de adotantes e adotáveis nos últimos anos, Walter Gomes, supervisor e psicólogo da SEFAM/VIJ-DF, falou que a principal delas foi a alteração do perfil da criança acolhida em adoção. “Nós temos acompanhado um crescimento significativo das adoções tardias. Nesse sentido, há muito a comemorar no DF. Em 2014, das 76 crianças e adolescentes cadastrados durante o ano, 71 foram acolhidos por famílias habilitadas, sendo 39 na faixa etária acima de 2 anos e pertencentes a grupos de irmãos”. O psicólogo atribui a flexibilidade do perfil à obrigatoriedade de os pretendentes participarem do curso de preparação jurídica e psicossocial para adoção, no qual as famílias se deparam com novas informações e são instigadas a refletirem sobre suas escolhas.

Missão

A técnica de enfermagem da Secretaria de Saúde Paloma Silva dos Santos, 36 anos, também aplaudiu a iniciativa da VIJ-DF de esclarecer a comunidade sobre adoção. Ela ficou sabendo da ação no Parque da Cidade por meio de notícia publicada no site do TJDFT. No local, foi orientada sobre os procedimentos para adotar. “Sinto que tenho uma missão nesta vida”, emocionou-se.

Paloma é casada com um servidor do Tribunal e com ele tem três filhos, de 11, 13 e 14 anos. Todos foram receptivos à novidade. Ao contrário da maioria dos pretendentes cadastrados para adoção, o casal aceita crianças mais velhas. “O nosso projeto de vida agora é adotar uma ou duas crianças. Meu marido quer duas. E eu disse a ele: tudo bem, no coração de mãe cabem muitos. O que vier, Deus proverá”, afirma Paloma, comprovando que a adoção tardia é uma tendência crescente no Distrito Federal.