Comissão de Adoção do DF recebe visita da CEJA-MG

por Noriete Celi da Silva/SECOM/VIJ-DF — publicado 2020-02-20T19:46:00-03:00

Visita da CEJA-MG à CDJA.jpgA Comissão Distrital Judiciária de Adoção (CDJA) recebeu, nesta quarta-feira (19/2), a visita de técnicas da Comissão Estadual Judiciária de Adoção de Minas Gerais (CEJA-MG), que vieram saber mais sobre a metodologia da CDJA na preparação de crianças e adolescentes para a adoção internacional e no acompanhamento do estágio de convivência determinado por lei. A psicóloga Cristiane Moreira e a assistente social Conceição Citó, da CEJA-MG, foram recebidas pela secretária executiva da CDJA, Thaís Botelho, e sua equipe.

Durante o encontro, a CEJA-MG falou da realidade desafiadora com a qual trabalha, visto que acompanha as adoções internacionais de todo o Estado, atendendo a um público vinculado a quase 300 comarcas. Segundo as técnicas, a CEJA-MG tem buscado formas de acompanhar e contribuir para o trabalho de preparação dos adotandos, geralmente realizado pelas equipes das instituições de acolhimento e do Judiciário.

O acompanhamento durante o estágio de convivência foi outro tema discutido entre as equipes. A CDJA explicou o acompanhamento sistemático realizado pela Comissão durante todo o período do estágio de convivência nas adoções internacionais no Distrito Federal. De acordo com a CDJA, esse acompanhamento é favorecido pelo vínculo formado com a criança durante a preparação e pela proximidade com a rede de atendimento, que também colabora para o projeto adotivo.

A CEJA-MG informou que realiza o acompanhamento do estágio de convivência das adoções somente no caso das famílias que passam essa fase do processo na cidade de Belo Horizonte. Os outros casos são acompanhados pela equipe técnica da comarca responsável pelo processo, se o juiz responsável considerar esta a melhor opção.

“Vale ressaltar que, quando a comarca é pequena, pode haver a interferência de parentes ou conhecidos da família biológica no processo de vinculação entre adotandos e adotantes. Além disso, as opções de lazer para o novo núcleo familiar ficam restritas, sendo aconselhável o deslocamento do grupo para uma comarca maior, como a de Belo Horizonte”, esclareceram as técnicas.

Cristiane e Conceição falaram sobre o trabalho de acompanhamento da situação jurídica das crianças e adolescentes acolhidos em todo o Estado de Minas Gerais. Com o auxílio do Sistema Nacional de Adoção (SNA), a equipe acompanha o tempo de acolhimento, o andamento do processo de destituição do poder familiar e o cadastramento para adoção nacional e internacional.

Contaram também sobre o projeto de busca ativa que a CEJA-MG administra em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná. Trata-se do aplicativo A.DOT, que possibilita a pessoas habilitadas terem acesso a fotos, vídeos e um breve relato da história de crianças e adolescentes para os quais não foi localizada família apta a adotá-los em âmbito nacional e internacional.

Conceição Citó disse que foi importante conhecer como a CDJA realiza o acompanhamento do estágio de convivência nas adoções internacionais no Distrito Federal porque é um trabalho que a CEJA-MG começará a desenvolver em 2020. “Para nós, o encontro foi muito proveitoso e extremamente enriquecedor”, afirmou a assistente social, que agradeceu a acolhida da CDJA. Para ambas as equipes, foi positivo compartilhar as experiências e as diferentes realidades das duas unidades da Federação no trabalho na área de adoção.