11/10 – Dia Mundial da Obesidade e Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

O foco principal, promovido pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) é divulgar a importância do tratamento e do acompanhamento da obesidade por profissionais capacitados. O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade foi instituído pela Lei nº 11.721/2.008, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade. É fundamental aumentar a conscientização sobre prevalência, gravidade e diversidade do estigma do peso. Os retratos da obesidade na mídia frequentemente reforçam estereótipos imprecisos e negativos sobre pessoas obesas, o que pode levar ao estigma do peso. As campanhas pedem uma movimentação para acabar com o uso de linguagem ou imagens estigmatizantes e comecem a retratar a obesidade de maneira justa, precisa e informativa.
por Pró-Vida — publicado 2021-10-13T18:35:14-03:00

 A obesidade é uma doença crônica, progressiva, recidivante e uma epidemia global de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de um bilhão de adultos, em todo o mundo, está acima do peso — destes, 500 milhões são considerados obesos. São mais de 40 milhões de crianças, com idade até cinco anos, que estão acima do peso. Só no Brasil, cerca de 20% da população tem obesidade. O excesso de peso está presente em 60% dos brasileiros adultos. Essas estatísticas estão em elevação e em todas as faixas etárias.

A obesidade é o excesso de gordura corporal em quantidade que determine prejuízos à saúde. A OMS define o diagnóstico pelo índice de massa corporal (IMC), que é calculado utilizando a altura e o peso do indivíduo (IMC = peso (kg) / altura (m)2).

Segundo a OMS, uma pessoa tem obesidade quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Os indivíduos que possuem IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso, e já podem ter alguns prejuízos com o excesso de gordura.

“Existe uma tendência da população em geral, e até de alguns profissionais de saúde, de considerar uma pessoa obesa quando ela já tem um quadro mais grave, daí a importância de monitorar o IMC”, declara Dr. Mario Kehdi Carra, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

O endocrinologista ainda explica que “é importante que todos saibam que ninguém tem obesidade porque quer ou escolhe ser obeso, pois não é uma questão de força de vontade, determinação ou caráter. A genética contribui com 70% para o desenvolvimento da obesidade, somando-se a outros fatores determinantes como alimentação e sedentarismo. É importante lembrar que, se o peso de uma pessoa está se elevando, é porque ela está comendo mais que o necessário e o excesso está se acumulando na forma de gordura”.

O aumento no consumo de alimentos industrializados e o estresse são algumas das causas associadas à obesidade, embora a doença também possa ter fatores genéticos. As pesquisas mostram que a obesidade vai além do comer muito e gastar pouca caloria. Alguns estudos já apontam a poluição e bactérias presentes no intestino como fatores que contribuem para o surgimento da doença.

Complicações

A obesidade apresenta inúmeras complicações e, de acordo com a tendência individual, ela pode desencadear diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono e alguns tipos de câncer, sem citar fatores psicológicos por causa do estigma da obesidade. A obesidade leva as pessoas a viverem menos e com pior qualidade de vida.

tratamento inclui alimentação saudável, com diminuição da ingestão de calorias e aumento da atividade física, podendo-se associar ao uso de medicamentos. Em casos mais graves, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.

Mensagem da SBEM:

– Quando a gordura se instala entre os órgãos do abdômen e provoca aumento no tamanho da barriga, é perigosa e precisa ser combatida;
– As crianças devem fazer uma hora de atividade física, de moderada a intensa, todos os dias;
– O consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e açúcar, não deve fazer parte da rotina alimentar.

Fontes: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

                  Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo