AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA GESTAÇÃO

Na gestação há modificações fisiológicas que afetam diretamente o metabolismo dos nutrientes da gestante. São processos individualizados que dependem de serem analisados de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, associados a fatores genéticos e estilo de vida de cada gestante
por Pró-Vida — publicado 2017-09-20T13:07:00-03:00

Avaliando o estado nutricional e o ganho de peso, é possível identificar riscos nutricionais envolvendo desde processos com baixo peso a processos de obesidade no início da gestação.

O organismo age de forma inteligente disponibilizando recursos à mulher e ao bebezinho que cresce se alimentando e suprindo suas necessidades a medida que se desenvolve ainda na barriga da mãezinha.  

Durante a gravidez ocorrem várias adaptações no organismo da mulher, envolvendo questões sistêmicas, mediados por ações hormonais. Assim como modificações no metabolismo de energia, gerando alterações do metabolismo glicídico.  Diminuindo ao longo do período gestacional, graças aos hormônios contra-insulares pela placenta. Favorecendo o feto que se mantém de forma contínua extraindo a glicose e os aminoácidos da mãe.

O estado nutricional pré gestacional é que define as condutas e recomendações sobre o ganho de peso.

As condutas são similares, porém contam com especificidades a serem estabelecidas pela classificação que se enquadrar a gestante. Envolvendo desde investigações familiares, doenças, debilidades a erros alimentares.

As prescrições dietéticas nessa fase de vida devem seguir alguns critérios e cuidados adicionais, como é o caso dos edulcorantes. Não sendo todos os produtos a serem permitidos, como é o caso do uso de sacarina e ciclamato. E os que são não contam com estudos controlados em humanos, como é o caso de sucralose, acessulfame-k, aspartame e estévia.

É extremamente arriscado o consumo de bebidas alcóolicas, pois apresentam risco ao feto por atravessar a barreira placentária. Assim como o consumo de altas doses de cafeína. No qual significa dizer que acima de 300mg já pode se considerar uma dosagem de risco. E lembrando que cafeína pode ser encontrado em café, refrigerantes, chocolates, chás e bebidas energéticas.

Gestações gemelares devem ser monitoradas nutricionalmente de forma específica para tal condição.

Assim como também gestantes vegetarianas devem seguir alguns cuidados e diferenças nos cálculos de alguns macro e micronutrientes. Não significando que uma alimentação vegetariana seja inadequado. Pois ela pode ser enquadrada dentro da normalidade, desde que haja grande variedade, com a devida adequação de quantidade relacionada a determinados alimentos, visando a obtenção necessária de ferro, vitamina B12, vitamina D, zinco e cálcio.

Na gestação assim como em outras fases da vida é importante considerar uma alimentação saudável, englobando fatores como: quantidade suficiente, qualidade e variedade de alimentos, harmonia e adequação.

Uma gestante bem nutrida diminui os riscos de anemia, hemorragias, ganho de peso elevado, parto prematuro. Além de diminuir riscos para o recém-nascido relacionada a restrição de crescimento intrauterino, tendência a anemia, infecções, alterações motoras e visuais dentre outras.

 

Nutricionista Glauca Melo Wernik CRN 1 – 11.724

Doutoranda em Saúde Pública. UCES/ Buenos Aires;

Especialista em G.P. de Refeições Saudáveis. UNB;

Especialista em Nutrição Pediátrica e Hebiátrica. FG;

Clínica Nutrindo o Conhecimento

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