Fisioterapia contribui para a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama e tumores ginecológicos

por pro vida — publicado 2020-10-14T10:25:34-03:00

Uma das grandes preocupações da mulher em tratamento de câncer de mama ou tumores ginecológicos é o linfedema – acúmulo de líquido nos braços ou nas pernas, que causa inchaço e pode dificultar o movimento.

A fisioterapia tem o papel de promover a reabilitação da paciente e incentivá-la à retomada das atividades diárias o mais rápido possível, considerando sempre suas limitações. O objetivo é diminuir os efeitos colaterais e as complicações que podem surgir após uma cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

Para evitar esse desconforto, antes mesmo da cirurgia para retirada do tumor da mama, a equipe de profissionais da Fisioterapia faz uma visita a cada paciente. “Esclarecemos dúvidas e fazemos uma avaliação física. Identificamos se a paciente tem algum problema ortopédico ou muscular como bursite, tendinite ou algum tipo de trauma, a fim de planejar a conduta terapêutica”, explica a Dra. Telma Rodrigues, da Fisioterapia.

Após a cirurgia, a fisioterapeuta entra novamente em ação. “Cada caso é único. Se a paciente fez ou não cirurgia reparadora, se retirou o linfonodo sentinela, se está com linfedema, se vai fazer radioterapia. Para cada situação temos uma forma de tratamento”, afirma a Dra. Celena Friedrich, da Fisioterapia.

Em geral, a fisioterapia começa a ser feita no sétimo dia pós-operatório. Nos casos de cirurgia reparadora, é preciso esperar 15 dias para começar as sessões. Além dos exercícios realizados durante as sessões, as pacientes aprendem exercícios para fazer em casa.

A fisioterapia também é essencial para a recuperação da saúde e da autoestima das pacientes com tumores ginecológicos. A radioterapia costuma causar efeitos colaterais (estenose vaginal), como dores durante a relação sexual e a incontinência urinária.

Pensando nisso, a equipe de fisioterapeutas prescreve exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, região que compreende a bexiga, os órgãos reprodutivos e o reto. O biofeedback, como é conhecido, dá à paciente a percepção da contração da musculatura nessa região.

A integração de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer é o modelo adotado em nossa Instituição, assim como nos principais Cancer Centers do mundo. É uma evolução do conceito de saúde em oncologia, no qual o paciente é avaliado por um grupo multidisciplinar de especialistas em todas as etapas, desde o diagnóstico até a reabilitação.

 

Fonte: A.C. Camargo – Câncer Center