Saúde financeira
De olho na saúde financeira O bolso dá sinais de que a saúde financeira não vai bem e que você está enfrentando algumas dificuldades para honrar seus compromissos. Conheça-os: Suas despesas mensais são superiores à sua renda; Você não sabe quanto deve; Paga contas com atraso; Não consegue pagar o saldo mínimo em suas contas; […]
por T313702 —
publicado
2016-11-14T16:07:00-03:00
De olho na saúde financeira
O bolso dá sinais de que a saúde financeira não vai bem e que você está enfrentando algumas dificuldades para honrar seus compromissos. Conheça-os:
- Suas despesas mensais são superiores à sua renda;
- Você não sabe quanto deve;
- Paga contas com atraso;
- Não consegue pagar o saldo mínimo em suas contas;
- Pede emprestado mais do que pode pagar;
- Obtém novos empréstimos para cobrir empréstimos antigos;
- Perdeu seu emprego;
- Pede dinheiro emprestado para as despesas do dia a dia.
De onde vêm as dívidas?Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, muitos consumidores não resistem e acabam optando pelo financiamento de suas compras, sem o menor planejamento para o bom uso dos recursos. Justamente por essa falta de controle do orçamento, as pessoas acabam contraindo dívidas. Veja por quê:
Perda de renda sem ajuste nas despesas: Acreditando que a situação seja passageira, muitas pessoas optam por equilibrar o orçamento através do levantamento de dívidas. Porém, o que deveria ser provisório acaba se transformando em permanente, abrindo-se a porta para uma situação de desequilíbrio financeiro.
Desemprego: A perda do emprego pode ser vista como uma das causas para a redução de renda. O maior problema é subestimar o tempo e os custos associados à recolocação profissional, que podem, inclusive, acabar elevando padrões de gastos temporariamente. Nesta hora, é importante não se abalar emocionalmente e agir rápido: por mais que cortar gastos seja a última coisa que passe pela sua mente, ela deve ser, na verdade, a primeira providência a tomar.
Aumento de despesas médicas: Em alguns momentos da vida, em qualquer idade, enfrentamos alguns problemas de saúde que nos fazem gastar muito mais com medicamentos, e até com especialistas, do que gostaríamos!
Divórcio: separação de bens, mas não de gastos: Mesmo que você não esteja casado, basta que se encontre em uma relação estável, para que possa ser envolvido pela realidade da divisão de bens, e até mesmo pagamento de pensão ao ex-cônjuge/companheiro.De repente, a pessoa passa de uma situação em que podia contar com a outra para dividir os gastos, para a realidade de não só ter que arcar com eles sozinha, mas ainda ter que partilhar parte de seu rendimento, ou patrimônio. Isso sem falar, é claro, dos custos associados ao processo em si.
Mania de gastar mais do que recebe: Esse problema é mais comum do que se imagina e se resume a estimar ganhar uma quantia e gastar muito mais do que deveria, antes mesmo de receber qualquer dinheiro. Essa realidade inclui filhos que antecipam o recebimento de bens ainda em inventário ou profissionais que adiantam o recebimento de férias, décimo terceiro ou bonificação anual extra.Em algumas situações, contudo, esses recursos acabam não sendo recebidos, ou ficam abaixo do previsto, fazendo com que seja preciso levantar dívidas para arcar com os gastos antecipados.
Incapacidade de administrar dinheiro: Poucas pessoas investem tempo na gestão do seu orçamento e sabem para onde vai o seu dinheiro. Assim, a maioria acaba gastando mais do que pode. Sabendo disso, coloque no papel seus gastos e receitas e seja mais responsável com relação às suas decisões de consumo. Evite consumir por impulso! Você vai se surpreender ao verificar como é gratificante ter suas finanças equilibradas.
Dificuldade de poupar: A maneira mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma reserva para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, independente de faixa de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma estratégia de poupança. É exatamente esta reserva que permite que você não se endivide caso fique doente, perca o emprego ou venha a se separar.Lembre-se que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por impulso do que reclamando de que deixaram de consumir para poupar. Não é preciso muito para começar: sempre é possível separar 5% do que você ganha para investimento. Basta adiar por algum tempo outro gasto menos essencial. É como reeducação alimentar: depois de algum tempo você se acostuma com os novos hábitos de consumo e se sente orgulhoso por isso, experimente!
Visão de que dinheiro é tabu: Este é um problema que aflige muitas famílias. É importante que tanto o casal quanto os filhos participem, na medida do possível, na definição de metas e objetivos de poupança e investimento. Se todos se mantiverem informados, é mais fácil comunicar quando um dos membros adota um padrão de gastos que não está de acordo com o orçamento! Nestes casos, a transparência é muito importante. Todos precisam ser honestos e objetivos. Caso contrário, as chances de você se surpreender no final do mês com uma conta absurda de celular do seu filho, por exemplo, são enormes.
Analfabetismo financeiro: Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde uma parcela significativa da população é incapaz de gerir suas contas. Independente do grau de instrução, muitas pessoas simplesmente não dão importância ao planejamento financeiro. No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período hiper-inflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 50%, o planejamento financeiro de longo prazo se tornava impossível. Se você faz parte deste grupo de pessoas, está na hora de investir na sua educação. Assim como em qualquer outra área de ensino, o planejamento financeiro exige treinamento.
Como administrar uma crise financeira?
Seja qual for o motivo, o melhor a fazer é analisar friamente o seu orçamento, o quanto antes. Não tenha medo de começar: é importante ter noção do cenário o mais cedo possível, para poder resolvê-lo depressa.
- Não tenha medo de cortar para valer algumas despesas. Além de ser algo provisório, saiba que existem muitos itens em nosso dia a dia que podem ser dispensados numa situação como essa. Dessa maneira você vai poder pagar suas contas e isso é o principal.
- Evite cair na tentação de contrair empréstimos para quitar dívidas. Opte por este caminho somente se não houver alternativa. Lembre-se: uma dívida leva à outra. O mais seguro, neste caso, é que você negocie suas pendências e corte o máximo possível de custos.
- Busque apoio da família! É claro que você não passará aos seus filhos uma preocupação enorme que deve ser sua, mas é sempre saudável deixar tudo claro, fazendo com que colaborem na economia da casa, conversando menos no telefone, pensando duas vezes antes de demorar no banho, enfim, travando uma verdadeira batalha contra as despesas.
- Procure fontes alternativas de renda! É uma boa opção para dar uma força extra no seu orçamento!
Fonte: site serasaconsumidor