TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

A doação de órgãos é um ato de consciência e amor ao próximo. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto.
por Pró-Vida — publicado 2022-09-27T18:48:02-03:00

O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido doente é substituído por um saudável.

De acordo com a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), mais de 30% das pessoas que esperam por um transplante de coração, por exemplo, morrem na lista de espera. O transplante de órgãos pode ser feito por doadores vivos ou mortos e, atualmente, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso.

Existem vários órgãos e tecidos que podem ser doados, porém cada um tem os seus critérios. Veja:

Quais órgãos podem ser doados?

  • Coração: o transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada. O transplante de coração é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.
  • Válvulas cardíacas: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doenças da válvula do coração. Em alguns casos, não é possível usar para transplante o coração de um indivíduo que teve morte encefálica, porém, as válvulas podem ser doadas e mantidas em um banco de válvulas, onde são mantidas durante anos.
  • Fígado: é um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, por isso, o doador pode doar parte de seu fígado, em vida. Esse tipo de transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática.
  • Pulmão: esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.
  • Ossos: implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos de transplantes para ossos, que podem ser realizados por meio de cirurgias simples. Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por um longo período. 
  • Medula óssea: é responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. A doença da medula óssea é a única forma de doação que mantém um banco de doadores e que também é permitida a crianças e gestantes. 
  • Rim: os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais. 
  • Pâncreas: esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim, pois o pâncreas é um órgão que atua na digestão dos alimentos e na produção de insulina, elemento responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.
  • Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.
  • Pele: a doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.                                                                                                                                                             

Como se tornar um doador de órgãos? 

Qualquer pessoa pode ser uma doadora de órgãos e nenhuma religião é contra a doação. Basta apenas ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por um médico para realização de exames.

Para ser um doador em vida, você pode acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e tecidos (Adote), fazer seu cadastro e download do cartão de doador. Basta acessar o link: http://www.adote.org.br/.

Além do cadastro, é importante você falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar, por escrito, a retirada dos órgãos.

O que é morte encefálica?

A morte encefálica é quando acontece a parada definitiva do encéfalo, que é o cérebro e tronco cerebral, provocando assim, a falência de todo o organismo. No caso de morte encefálica, podem-se doar os órgãos, mediante a autorização dos familiares.

Quem não pode ser doador de órgãos

  • Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, entre outras.
  • Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos.
  • Pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS).

Referências:

 http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/entendadoacao.pdf 

https://site.abto.org.br/transplantes/tudo-sobre-transplante/ 

http://www.adote.org.br/seja-um-doador 

Fonte: site do laboratório Pfizer