Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida

Coordenadora de Planejamento e Promoção de Saúde do TJDFT, Marcella Bittencourt, e servidora Adriana Cruz
por Marcella Bittencourt e Adriana Cruz — publicado 2022-04-05T13:31:00-03:00

No dia 6 abril é celebrado o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida. Importante data com o objetivo de lembrar a importância de promover uma rotina de vida que permita a inclusão de hábitos saudáveis e de relembrar todo o esforço que a Secretaria de Saúde do TJDFT tem feito para alcançar esse objetivo. O conceito de saúde já foi revisado algumas vezes e hoje não é mais concebido como simples ausência de doenças. Hoje em dia também se consideram outras dimensões do ser humano, como espiritual, social, ocupacional e outras. Qualidade de Vida também é um conceito controverso. Atualmente aceita-se que há uma subjetividade no que cada indivíduo considera como qualidade de vida, mas que existem elementos básicos para uma vida de qualidade. Aspectos como boas condições de trabalho e de lazer, boas relações interpessoais, segurança, acesso a condições básicas de saúde, educação, mobilidade e outros são considerados fundamentais.

Em tempos de pandemia, saúde e qualidade de vida foram assuntos recorrentes.  As pessoas têm buscado viver bem e envelhecer com saúde. Importante ressaltar que o ambiente social e econômico fez com que os padrões de dieta e atividade física fossem modificados ao longo do tempo. As escolhas das pessoas em relação aos alimentos, à atividade física e ao consumo de álcool e tabaco foram influenciadas por forças que estão além do controle individual, geralmente por pressão da indústria e do comércio respectivo. Percebemos que hábitos pouco saudáveis estão cada vez mais enraizados no dia a dia das pessoas que estão imersas num ambiente que sabota a qualidade de vida, principalmente daquelas que vivem nos grandes centros urbanos.

       A Agenda 2030, plano de ação global da Organização das Nações Unidas – ONU para promover desenvolvimento sustentável e vida digna a todos, tem objetivos e metas que dialogam diretamente com a necessidade de ações localizadas que abordem a qualidade de vida de forma integrada à educação, à pobreza, à saúde, ao acesso a bens e serviços públicos, à garantia de direitos para criar condições de vida que possibilitem às pessoas fazerem escolhas favoráveis à saúde. Assim, temos visto que os países têm elaborado projetos para tornar escolhas saudáveis mais acessíveis à população como um todo. Atualmente, há evidências de sobra de que alimentos com altas taxas de gorduras trans e saturadas, sal e açúcar em excesso, obesidade e sedentarismo estão diretamente relacionados ao aumento de casos de DCNT (doenças crônicas não transmissíveis). No Brasil, essas doenças constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a cerca de 70% das causas de mortes, atingindo fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda, segundo o Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022.

As macroações em nível governamental são essenciais para o alcance do objetivo de tornar saúde e qualidade de vida acessíveis a toda a população, porém, não menos importantes são as ações em níveis localizados ou até mesmo as ações individuais. Por isso, é importante a conscientização das pessoas para que busquem estilos de vida mais saudáveis. Em instituições privadas e órgãos públicos como o TJDFT, as iniciativas para promover saúde e qualidade de vida vêm crescendo e sendo inclusive consideradas pontos estratégicos para o alcance de resultados. Grandes empresas dispensam especial atenção ao bem estar de seus funcionários, pois houve a percepção de que as pessoas se tornam mais engajadas, trabalham e produzem melhor quando têm melhor qualidade de vida.  

No TJDFT - Tribunal de Justiça do Distrito Federam e dos Territórios, doenças psicológicas e doenças crônicas estão entre os motivos mais frequentes de afastamento do trabalho. Por isso, o atual modelo de competências implantado no TJDFT incorpora referências à qualidade de vida de seus colaboradores. O intuito é propiciar o desenvolvimento de competências que contribuam para um ambiente de trabalho que concilie alcance de resultados institucionais e qualidade de vida de magistrados e servidores, agregando valor aos resultados institucionais. Assim sendo, o Programa de Qualidade de Vida – Pró-Vida foi instituído pela Portaria GPR 1434, de 30 de outubro de 2012 e hoje realiza um trabalho composto por diversos programas e ações alinhadas ao modelo de competências e em colaboração com outros setores do órgão para propiciar a magistrados e servidores a união essencial entre trabalho, saúde e qualidade de vida.

Marcella Monteiro Bittencourt é servidora do TJDFT há mais de 25 anos, atuando na área de saúde e qualidade de vida. Formada em odontologia, pós-graduada em Dentística pela USP Bauru. Coordenadora do Programa de Qualidade de Vida do TJDFT desde sua regulamentação em 2012. Realizou aperfeiçoamento em Qualidade de Vida (CEDEP- CENTRO EDUCACIONAL DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL e FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS), participou de workshop sobre Gestão da Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Hoje é Coordenadora de Planejamento e Promoção de Saúde, Unidade subordinada à Secretaria de Saúde do TJDFT.

Adriana Silva da Costa Cruz é servidora do TJDFT há 24 anos, trabalhando atualmente na área de saúde e qualidade de vida. Formada em odontologia, cursa atualmente Doutorado pela Universidade de Brasília, onde estuda resistência microbiana. Participou de cursos e eventos sobre gestão da promoção de saúde, qualidade de vida, determinação social da saúde, objetivos de desenvolvimento sustentável em diversas instituições como Universidade de Brasília, Núcleo de Educação Permanente em Saúde GDF, Conexxões Educação e Escola Superior de Ciências da Saúde, ESCS-DF.  Hoje trabalha na Coordenadoria de Planejamento e Promoção de Saúde, Unidade subordinada à Secretaria de Saúde do TJDFT.