Presidente do TJDFT, Des. Nívio Geraldo Gonçalves, na solenidade de Aposição da fotografia do Des. Eduardo de Oliveira

por ACS — publicado 2009-06-08T00:00:00-03:00
SOLENIDADE DE APOSIÇÃO DA FOTOGRAFIA DO EMINENTE DESEMBARGADOR EDUARDO ALBERTO MORAES OLIVEIRA - (5 de junho de 2009) O discurso foi lido pelo Eminente Des, Sergio Bittencourt

Minha ausência a esta solenidade é especialmente triste ao meu espírito. Solenidades, no cargo de Presidente, são muitas. Mas, se bem consigo me expressar, este Tribunal se reúne, neste momento, para guardar para si o privilégio imorredouro de apor, na galeria de Vice-Presidentes da Casa, a fotografia de um dos mais honrados, queridos e afamados Magistrados que abrilhantaram a Justiça do Distrito Federal.

Reúne-se o TJDF para lembrar o coração terno, sempre ansiando por Justiça; a voz franca e amistosa; a majestade do caráter; a envergadura da toga; a luminescência da alma; a inteligência vasta; a humanidade dos gestos do eterno Desembargador e para sempre amigo, Eduardo Alberto Moraes Oliveira.

O primeiro de uma dinastia de magistrados agigantados pela emanação radiosa da humildade, da sabedoria, da dedicação incondicional à Justiça, da entrega completa de suas vidas à nobreza daqueles cujo destino é superar limites e desafios, criar um mundo humano, tranquilo, produtivo e, por que não dizer, feliz.

O Desembargador Eduardo Moraes Oliveira é um homem capaz de ditar como é ético viver; de descrever, com olhar sereno dos que larga experiência e candura guardam em seus corações, como se pode usufruir plenamente da condição humana; de espelhar, no presente e no futuro das gerações, as regras para um mundo civilizado, harmonioso, regido pelo símbolo da Cruz salvadora, inspirado no amor ao próximo e na generosidade.
Por não compartilhar deste momento ímpar para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, abre-se um rasgo de tristeza em minha alma. Sou eu apenas um humilde servo desta Corte. Apesar de dedicar o quanto posso ao meu labor, jamais alcançarei a grandiosidade inata ao Desembargador Eduardo Moraes Oliveira e jamais deixarei o grande legado que ele deixa à nossa Casa.

Vejo, em Sua Excelência, um santuário em que não há sombra de covardia ou de imoralidade, nem de violência ou de destemperança, nem de ausência do Direito ou da liberdade. Há sempre luz em seu caminho, porque a tudo ilumina com a crença de que é possível viver uma vida com honra, atributo indelegável; vestir a toga com altivez, sob qualquer circunstância; e crer, com todas as forças da alma, que o Poder Judiciário é o recanto em que se torna possível recuperar as liberdades perdidas, os direitos rasgados, a moral estilhaçada.

Para isso trabalhou por toda a vida.
Receba meu abraço de aprendiz, de espectador do que foi sua passagem pela Justiça deste país, um marco em bronze dos grandes feitos e da imensa hombridade que a todos contagiou. Receba meus cumprimentos como Presidente desta Corte, a qual se sente honrada em tê-lo como farol em seu extenso rol de nomes luminares. Receba meu abraço de amigo, sempre saudoso da convivência agradável, dos conselhos sábios, do coleguismo e da fraternal amizade que, para mim, foi esteio em muitos momentos.
Saiba, caríssimo amigo, que seu nome representa, nesta Casa, uma luminosa constelação.
Muito Obrigado!