Caso Rendrik - réu lança mão do direito de permanecer em silêncio

por ACS — publicado 2012-04-13T00:00:00-03:00
Em uma audiência que durou apenas quinze minutos, o professor e advogado Rendirk Vieira Rodrigues, acusado do homicídio da estudante Suênia Sousa Farias, invocou seu direito constitucional de permanecer em silêncio e não responder a perguntas durante interrogatório. A audiência, que fez parte da instrução processual, aconteceu na manhã de hoje (13/4), no plenário do Tribunal do Júri de Brasília.

O réu, que se encontra preso, disse apenas que está arrependido do que fez e que perdeu uma pessoa muito querida para ele. Mencionou outras perdas pessoais acarretadas pelo fato, entre elas a de sua carreira. Falou da decepção que causou aos próprios familiares, aos colegas de trabalho e aos alunos. Pediu perdão aos parentes de Suênia e afirmou não ser uma pessoa fria, tal qual considera que a imprensa o retrata.

Após a audiência, o Ministério Público apresentou suas alegações requerendo que o réu seja pronunciado nos termos da denúncia. A sentença de pronúncia determina se o acusado será submetido a julgamento por júri popular.

A defesa ainda não apresentou suas alegações, para o que terá um prazo de cinco dias. Trouxe apenas a solicitação de que seja ouvida ainda uma outra testemunha antes do encerramento da instrução processual, que considera importante para "possibilitar o pleno exercício do direito de defesa do acusado".

De acordo com os autos, o réu, que se encontra preso, apresentou-se à 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), "pois, numa discussão acalorada com sua ex-namorada desferiu, de ímpeto, disparos de arma de fogo contra a mesma, causando-lhe a morte".

Essa foi a terceira audiência do processo. A primeira aconteceu em 9/3, com a oitiva de cinco testemunhas arroladas pela acusação e uma comum às partes. Na segunda, realizada no dia 12/3, foram ouvidas quatro testemunhas de defesa.