TJDFT adere à campanha de valorização à vida Conte Até 10

por AB — publicado 2012-12-09T23:00:00-03:00

Campanha quer conscientizar o brasileiro a manter o controle e ser tolerante em situações de violência, como brigas em bares, no trânsito ou entre vizinhos, ao invés de adotar atitudes impensadas.

 

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios é parceiro do CNJ, CNMP, Enasp e Ministério da Justiça na campanha de valorização à vida Conte até 10. O objetivo é sensibilizar a sociedade a fim de reverter os altos índices de homicídios banais, que levaram o país a ocupar o primeiro lugar mundial nessa triste estatística.

Dados divulgados pelos organizadores revelam que só em 2010, 49.932 pessoas foram mortas, o que equivale a um massacre do Carandiru por dia, durante um ano inteiro. Nesse cenário, grande parte dos assassinatos foram cometidos por pessoas que nunca mataram antes, e que agiram motivadas por impulso. Daí o mote da campanha: Conte até 10. A raiva passa, a vida fica.

Ainda como parte das ações implementadas visando à redução dos índices de violência, o TJDFT realizou, de 3 a 6/12, a Semana de Valorização da Vida, na qual julgou os últimos processos relativos a homicídios dolosos, distribuídos até 31/12/2007, dando cumprimento à meta 4 da Enasp. A iniciativa integra um conjunto de ações que busca combater a impunidade, viabilizando a investigação e o julgamento desses crimes.

Entusiasta da campanha Conte até 10, o presidente do TJDFT, desembargador João de Assis Mariosi, citou Norberto Bobbio, em seu Ensaio à Serenidade, na solenidade de encerramento da Semana de Valorização da Vida, deixando uma mensagem a toda a sociedade: “Gostaria muito de ter a natureza do homem sereno. Amo as pessoas serenas, porque elas tornam mais habitável esse nosso ‘cercado’, a ponto de fazerem com que eu pense que a cidade ideal não é aquela fantasiada e descrita nos mais minuciosos detalhes pelos utópicos, onde reinaria uma justiça tão rígida e severa que se tornaria insuportável, mas aquela em que a gentileza dos costumes converter-se-ia em uma prática universal”.