Acusado de matar amigo com quem teria fumado maconha será julgado no Gama

por ACS — publicado 2012-05-25T00:00:00-03:00
O Tribunal do Júri do Gama leva a julgamento popular, nesta terça-feira (29/5), a partir das 8h30, um rapaz de 24 anos acusado de matar um amigo. Ele teria sido a última pessoa a falar com a vítima, com quem esteve fumando maconha, conforme afirmou em seu depoimento.

Narra a denúncia que "entre as 12h do dia 17 de outubro de 2008 e as 4h do dia 18 de outubro de 2008 (...), o denunciado, querendo matar, efetuou disparo de arma de fogo contra a vítima Marcos Medeiros Carvalho, levando-o a óbito". A vítima foi baleada na cabeça dentro de sua casa, no Setor Leste do Gama. Para o Ministério Público, o acusado teria praticado o crime utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que "se aproveitou da amizade que possuía com o ofendido e o atraiu para a própria residência dele, para lhe apanhar de maneira desprevenida e ceifar-lhe a vida". Acrescenta ainda a acusação que "o denunciado possuiu e portou arma de fogo, sem autorização e em desacordo com a norma legal ou regulamentar".

Ao ser ouvido em juízo, o réu negou a autoria do delito dizendo "que acha que está sendo acusado de um crime tão grave pelo fato de ter sido a última pessoa a falar com a vítima". Afirmou que tinha amizade com Marcos e que não tinha motivo para matá-lo.
No entanto, conforme consta do processo, foi apreendida uma arma de fogo na residência de do réu, P.H.D.F., e o confronto balístico efetuado entre o projétil encontrado no local do crime e a arma resultou positivo.

P.H.D.F. foi pronunciado para ser submetido a julgamento por homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (artigo 121, "caput", do Código Penal e artigo 14, da Lei 10.826/03). Acerca da qualificadora alegada pelo MP de recurso que dificultou a defesa da vítima, a sentença esclarece que não há indícios suficientes para sua inclusão na pronúncia, já que a prova oral colhida em juízo não esclareceu suficientemente a dinâmica do evento narrado da denúncia.