Assessor técnico da 1ª VIJ recebe título de Cidadão Honorário de Brasília

por SECOM/1ªVIJ — publicado 2012-10-24T13:25:00-03:00

O assessor técnico da 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ), Eustáquio Ferreira Coutinho, recebe nesta quarta-feira, dia 24/10, o título de Cidadão Honorário de Brasília. A sessão solene de outorga será às 19 horas no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A proposta de realização do evento de homenagem foi do deputado Robério Negreiros.

Conheça Eustáquio Coutinho

Eustáquio nasceu em 17 de agosto de 1954 na cidade mineira de Ibiá, vizinha da conhecida Araxá. Dono de muitas virtudes, Eustáquio é solícito, cortês e costuma estampar ao seu interlocutor um largo sorriso de olhos apertados. Admirador da solidariedade, humildade e compreensão, Eustáquio não se afina com traição e falta de companheirismo.

O trabalho incansável

Em Ibiá, Eustáquio labutou na roça desde 12 anos de idade. Selecionava café para exportação. Também cuidava dos animais e puxava capim fresco colhido às margens do rio. Guiava carroça transportando cascalho e areia. Chegava a carrear seis metros de areia por dia. Jamais se arrependeu de trabalhar cedo ou se esforçar muito.

Eustáquio veio tentar a vida em Brasília aos 18 anos. Era dezembro de 1972 quando foi morar com uma tia em Ceilândia. Logo no ano seguinte, em 2 de julho, Eustáquio ingressou no então Juizado de Menores. Nessa época, residia em Taguatinga.

Paralelamente ao Juizado, o incansável Eustáquio dava o sangue em outros empregos. O currículo é recheado. Já trabalhou em um escritório de contabilidade, na Fundação Visconde Cabo Frio e no Itamaraty. Foi porteiro do Clube da Aeronáutica e monitor da Funabem – espécie de “Caje” na época.

No Itamaraty, onde permaneceu de 1982 a 1990, o servidor trabalhava na Seção de Cooperação Técnica, analisando acordos bilaterais para estudos no exterior. Na Funabem, Eustáquio ressalta que foi uma experiência marcante. A tensão era grande. “Recordo-me das rebeliões daqueles meninos tão franzinos, que ateavam fogo nos colchões”, conta.

Por dois anos, amargou uma rotina exaustiva, trabalhando em dois empregos durante o dia e estudando em um cursinho pré-vestibular à noite. Cultivava o sonho de ser médico para praticar solidariedade com pessoas carentes, mas o destino o levou a se graduar em História pela UPIS em 1996.

Trajetória na 1ª VIJ

Na 1ª VIJ, o servidor sempre trabalhou na Seção de Apuração e Proteção (SEAPRO) – antiga Seção de Comissariado. Eustáquio sempre foi também comissário voluntário. Emitindo autorizações de viagens, ele já esteve na rodoferroviária, aeroporto e rodoviária. Neste último local, chegava a emitir manualmente 450 autorizações por dia, na época em que as linhas interestaduais saíam de lá e os jovens até 18 anos precisavam de autorização para viajar dentro do país.

Ao assumir a titularidade da 1ª VIJ em 2002, o juiz Renato Rodovalho Scussel designou Eustáquio Coutinho como supervisor da SEAPRO. A confiança do magistrado foi mais uma vez demonstrada ao convidá-lo para exercer a função de assessor técnico da Vara em 2008. Eustáquio se diz grato ao juiz pelas oportunidades e pelo crédito à sua pessoa e procura retribuir com lealdade e dedicação.

Eustáquio se recorda com ternura das pessoas que passaram pela 1ª VIJ. O juiz José Carlos Ávila, uma pessoa querida; o desembargador Nívio Gonçalves, bom coração; o diretor Abelardo Frota, conhecido pela cortesia; e o supervisor José Antonio da Silva, a quem agradece os ensinamentos e a tranquilidade. “A VIJ é a minha vida. Aqui me realizo com o trabalho humanitário. Tenho muitas amizades e procuro estar sempre de bom humor”, afirma o servidor.