TJDFT realiza seminário sobre violência doméstica contra a mulher

por VS — publicado 2013-11-22T14:45:00-03:00

SeminárioMULHER3SeminárioMULHER4Na manhã desta sexta-feira, dia 22/11, o TJDFT, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Mulher em Situação de Violência Doméstica - CJM/DF - realizou o seminário "A Busca de Novos Diálogos para Prevenção da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher". O evento aconteceu no auditório do Tribunal do Júri do Fórum Desembargador Hugo Auler, localizado no Núcleo Bandeirante. O evento  contou com a presença da Desembargadora Ana Maria Amarante Brito, que fez a abertura.

“É com muito prazer e com muita honra que me coube a abertura desse seminário que vai ser um aprofundamento da resolução da problemática da violência contra a mulher no âmbito da família, a célula mater da sociedade”, disse a Desembargadora.

A Desembargadora disse também que todas as boas respostas do Seminário vão se projetar para todo Brasil e que o trabalho do CJM é emblemático e referência nacional, um trabalho importante e significativo.

Um dos coordenadores do CJM, juiz Ben-Hur disse que “a lei é muito importante e o Estado tenta desempenhar seu papel limitador, mas sabemos que onde há emoção, a razão encontra dificuldade de apresentar a resposta esperada". Explicou que se busca a interrupção da violência, uma vida de paz, empoderamento, dignidade, respeito e igualdade para as mulheres. O juiz Carlos Bismarck, que trabalha no 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Ceilândia, também é coordenador do CJM e esteve presente no seminário.

A temática foi abordada sob duas perspectivas: a psicológica, apresentada pela psicóloga Gláucia Diniz; e a jurídica, ministrada pelo juiz André Gomma.

A psicóloga Gláucia Diniz disse que a primeira questão é se colocar no lugar das mulheres vítimas de violência. Muitas delas são negras, migrantes, de pouco estudo, desempregadas, residem no entorno, sendo a vulnerabilidade dessas mulheres  muito forte e que são guerreiras que lutam para sobreviver. Explicou que cada um dos profissionais tem um papel importante nessa luta contra a violência contra a mulher.

O juiz André Gomma, magistrado do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e pesquisador associado da Universidade de Brasília, disse que uma solução maravilhosa é a mediação, você coloca o agressor e a vítima numa sessão de mediação e o índice de acordo é 100%. No entanto, em alguns casos ocorre a reincidência. A capacitação dos mediadores pode ser extraordinariamente simples pois não demanda tanta técnica. Encaminha-se para uma solução de curto prazo, eficiente do ponto de vista de números para o gestor.