Projeto leva jovens para assistir a julgamentos e aprender cidadania

por SB — publicado 2014-08-14T17:30:00-03:00

tribunal do juriProporcionar aos jovens de Taguatinga oportunidade de formação de consciência, cidadania e aprendizado é o ideal que une três instituições: o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o Ministério Público do DF e a Secretaria de Educação. A parceria tem tornado possível a concretização do projeto "Tribunal do Júri, uma lição de vida", idealizado pelo MPDFT, que consiste em promover visitações de estudantes de escolas públicas e privadas do DF a sessões do Tribunal do Júri, onde têm a oportunidade de acompanhar julgamentos de crimes dolosos contra a vida. “Qualquer atitude por parte do Estado que venha despertar interesse dos estudantes sobre o funcionamento das instituições do país é muito importante”, ressalta o juiz de direito João Marcos Guimarães Silva, titular do Tribunal do Júri de Taguatinga.

Funcionando em Taguatinga desde 2013, o Projeto reuniu, nesta quinta-feira, 14/8, quase 80 alunos do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 3. Outros dois grupos estão agendados para os dias 19 e 21/8. Os estudantes, que têm entre 14 e 16 anos, demonstraram grande interesse no julgamento. Acostumados a assistir júris em filmes, expressaram surpresa em ver que o rito difere daquele mostrado no cinema. Laura, 14 anos, diz que sempre teve curiosidade de assistir a um júri de verdade e que gostou de ter participado do Projeto. Conhecer como as coisas realmente acontecem foi o que também impressionou Júlio César, 14, que pretende ser engenheiro eletrônico, mas considerou a participação importante como experiência de vida.

Os alunos são orientados a respeito do júri antes da visita e, após, debatem sobre o que viram. Desta vez, farão inclusive um júri simulado na escola. Alguns são até despertados para a carreira jurídica e outros levam para a vida a experiência de como funciona a instituição do Tribunal do Júri. Todos presenciam o fato de que os crimes não ficam impunes, explica a professora Vera, responsável pelo grupo.

Para o juiz João Marcos Silva, que tem dado todo apoio à iniciativa, informar desde cedo acerca de como funcionam as instituições é fundamental para a formação da cidadania.