Projeto Fênix conclui nova turma de catadores de resíduos com palestra de servidora do TJDFT e ex-catadora

por ACS — publicado 2014-06-03T15:10:00-03:00

Projeto Fenix Subprojeto do Programa Justiça Comunitária capacita catadores sobre exercício dos direitos, mediação, autogestão dos conflitos e formação de redes

“Hoje eu sou servidora concursada, mas não tenho nenhuma vergonha de assumir que a catação de resíduos me ajudou a criar meus filhos”. Com essas palavras, a servidora do TJDFT Marilene Oliveira Lopes falou aos 30 catadores de resíduos que concluíram a primeira etapa do curso de capacitação do Projeto Fênix, no último sábado (31/5), no Fórum de Taguatinga.

O curso é resultado de uma parceria entre o TJDFT – por meio do Programa Justiça Comunitária e da Coordenação de Gestão Socioambiental -, a Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Renda – SEDEST/GDF, a Central das Cooperativas de Catadores de Resíduos do DF – CENTCOOP, e o Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB.

O TJDFT, tendo em vista o seu compromisso com a responsabilidade socioambiental, participa como órgão convidado do Comitê Gestor Intersetorial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis - CIISC/DF.

Durante três sábados, foram abordados, por meio de metodologia participativa, a situação social dos catadores e seus problemas no exercício da cidadania e foram construídas formas de solução para alcançar a autogestão dos conflitos de maneira pacífica. Os catadores também foram informados sobre a rede pública e privada de atendimento social, a fim de disseminá-las em sua comunidade.

A SEDEST apresentou o plano de atuação para inclusão social dos catadores, em razão da previsão de fechamento do Lixão da Estrutural até o final de 2014. O IESB anunciou que irá abrir um edital para apoio a quatro cooperativas, com a participação dos cursos de Direito, Assistência Social, Psicologia, Contabilidade, Gestão e em outros que se mostrarem necessários. No encerramento, também foi apresentado um modelo prático da cooperativa “Sonho de Liberdade”, formada por egressos do sistema penitenciário, que se especializou na reciclagem de madeiras e que, com o apoio da Universidade de Brasília, produz móveis de design, gerando renda aos cooperados.