Juíza do TJDFT recebe homenagem em razão de sua aposentadoria

por ACS — publicado 2016-06-21T17:55:00-03:00

Homenagem Juíza Carla PatríciaNo dia 10/6, a juíza Carla Patrícia Frade Nogueira Lopes recebeu uma homenagem surpresa em razão de sua aposentadoria. Naquela tarde, a juíza, que estava pensando que falaria sobre Justiça Comunitária em um evento, foi surpreendida com a homenagem ao chegar ao Auditório Sepúlveda Pertence, quando, cerca de 150 pessoas ficaram de pé e começaram a aplaudi-la, deixando-a perplexa, sem ação. A homenageada foi conduzida ao Auditório pela juíza Gláucia Falsarella, Coordenadora do Programa Justiça Comunitária - PJC.

Na plateia, desembargadores e juízes do TJDFT, diversos servidores do Tribunal, agentes comunitários do Programa Justiça Comunitária - PJC, alunos da juíza Carla Patrícia, além dos familiares: marido, filhas, genros e netos.

A primeira fala foi da Agente Comunitária Diana Gama, que registrou a gratidão de toda a equipe do PJC pela imensa contribuição e pela direção desbravadora que a juíza deu ao coordenar o Programa, em conjunto com a juíza Gláucia Falsarella, entre os anos de 2009 e 2015. Diana ressaltou a humanidade e o afeto que sempre marcaram a carreira da magistrada.

O Juiz João Ricardo Viana Costa, da 3ª Vara Cível de Ceilândia, também usou a palavra para realçar o bom humor e o alto astral que a magistrada alia ao respeito e à seriedade com o jurisdicionado. O magistrado afirmou, com orgulho, que a homenageada foi sua professora, depois sua “chefe” e, finalmente sua colega de magistratura. Lembrou também que, enquanto foi servidor do TJDFT, testemunhou a capacidade admirável da juíza de assumir pessoalmente qualquer eventual falha de sua equipe de trabalho, sem imputar culpa a servidores, bem como a característica de manter abertas as portas do seu gabinete pela melhor convivência e diálogo. O juiz registrou ainda o vasto aprendizado que a colega homenageada proporciona a quem com ela convive: “é alguém que acolhe, ilumina e encanta”.

O servidor Giovanni Faraco de Freitas, Diretor de Secretaria da 23ª Vara Cível de Brasília, enfatizou que teve o privilégio de presenciar a verdadeira entrega de uma magistrada à sua profissão, que sempre teve abertas não apenas as portas do seu gabinete, mas também de seu coração generoso, amigo e acolhedor.

A colega e grande amiga da homenageada, Juíza Marília de Ávila e Silva Sampaio, titular do 6º Juizado Especial Cível de Brasília, emocionou-se várias vezes durante a sua fala ao exaltar as virtudes do ser humano Carla Patrícia, muito além da magistrada: “A ela devo meu ingresso na magistratura. A sua serenidade nos contagia. As pessoas que aqui estão a admiram pelo que foi, pelo que é e será”.

Ao final, a juíza homenageada agradeceu comovida a surpresa e as homenagens. Com seu humor peculiar comentou: “Obviamente não escrevi nenhum discurso para esse momento“. E afirmou: “O ser humano se realiza se ele consegue chegar perto do que considera felicidade plena. Para mim, essa felicidade era unir o ideal de amor e Justiça. E acho que aqui tenho isso reunido: família, amigos próximos, além da magistratura, servidores... Companheiros que acreditam na Justiça, como eu sempre acreditei. Somos felizes por pertencermos a essa grande casa que nos acolhe. Meu agradecimento eterno por tudo isso".

A juíza Carla Patrícia aposentou-se, na última semana, como titular da 23ª Vara Cível de Brasília, após 18 anos dedicados à magistratura. Antes, atuou como jornalista nas décadas de 80 e 90. A magistrada é Mestra e Doutora em Direito das Relações Internacionais pelo Uniceub – Brasília/DF; foi professora da Escola da Magistratura/DF e do Instituto Avançado de Direito – IAD/DF.