Rede Solidária inaugura metodologia de trabalho integrada em rede

por AP/SECOM/VIJ — publicado 2017-03-29T16:10:00-03:00

Anjos

Na última terça-feira (21/3), o programa de voluntariado da Vara da Infância e da Juventude – VIJ, Rede Solidária Anjos do Amanhã, estreou uma nova metodologia de trabalho integrada em rede. O ato inaugural aconteceu em reunião com atores socioassistenciais para análise do caso de uma família que se encontra em situação de vulnerabilidade social. “Precisamos ampliar nosso olhar sobre os casos e superar os limites próprios da ação fragmentada”, avalia Gelson Leite, supervisor da Rede Solidária.

Participaram do encontro o Conselho Tutelar de Planaltina, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), voluntários de psicologia e serviço social, estagiários do curso de serviço social, psicólogo da Seção de Atendimento à Situação de Risco da VIJ (SEASIR) e membros da equipe técnica da Rede Solidária. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Núcleo de Prevenção e Assistência a Situações de Violência (NUPAV) e a Unidade de Internação do Recanto das Emas (UNIRE) não compareceram, mas foram incluídos no grupo de discussão do caso via e-mail.

A ideia de atuar de forma mais conectada com os atores sociais surgiu da vontade de realizar um trabalho mais abrangente e produtivo. “A efetividade sempre esteve no nosso horizonte de referências. A discussão interna sobre formas de alcançá-la se intensificou com a experiência de 10 anos do programa Rede Solidária Anjos do Amanhã, o amadurecimento e a prontidão da equipe para os avanços pretendidos”, destaca o supervisor.

Gelson enfatiza que o trabalho em rede soma recursos, competências e experiências, além de potencializar a criatividade e as probabilidades de mudanças. “A nossa visão de rede é de um ambiente rico para produção de novos sentidos, alternativas e estratégias de enfrentamento dos problemas apresentados pelas famílias”, esclarece.

O supervisor conta que a atuação de forma isolada traz o risco de confundir os beneficiários com múltiplas intervenções desconectadas entre si. E isso acontece por deficiências estruturais ou por vícios profissionais.

De acordo com ele, a metodologia em rede será usada nos casos mais complexos. “Inicialmente, elegeremos casos específicos para trabalhar. Feito isso, convocaremos os atores socioassistenciais neles implicados para uma atuação conjunta, pautada em procedimentos de dinamização de rede”, conta.

Quanto ao resultado do primeiro encontro, Gelson salienta que foi extremamente produtivo. “Após o que foi discutido e integrado, foi possível ter clareza do que seria mais adequado para a família, dentro de uma escala de investimentos, prioridades e suscetibilidades”, afirma. 

Além disso, a equipe percebeu que os laços da Rede Solidária com os voluntários e os atores foram fortalecidos. “Foi uma oportunidade de sacramentar um vínculo de parceria com os operadores da rede e de selar alguns compromissos”, finaliza.

Após a reunião, foi criada uma lista de e-mail para conversas, encaminhamentos e acompanhamentos das medidas adotadas para beneficiar a família. No futuro poderão ocorrer novas reuniões, conversas em particular e contatos telefônicos para retroalimentar a rede com informações.