TJDFT conclui primeiro curso de Mediação Comunitária de 2017

por ACS — publicado 2017-03-23T16:25:00-03:00

O Programa Justiça Comunitária - PJC, do TJDFT, concluiu no último dia 9/3 o primeiro curso de Mediação Comunitária de 2017. A atividade pedagógica, realizada na sede do PJC, no fórum de Ceilândia, foi destinada especialmente à capacitação dos agentes comunitários credenciados em 2016 para trabalhar no PJC, sendo algumas vagas oportunizadas a outras pessoas da comunidade que também se interessam por atuar de acordo com as propostas do Programa. 

Com 40 horas-aula, o curso contou em sua programação com temas que vão da gênese dos conflitos, tais como sentimentos, identidade, necessidades e relacionamentos, às técnicas e procedimentos da mediação comunitária para o exercício da função do agente mediador dos conflitos na comunidade. Por meio de aulas interativas, também foram exibidos vídeos e realizadas dinâmicas de grupo e simulações, gerando debates e reflexões sobre a mediação.

Jéssica Campos, agente comunitária credenciada em novembro de 2016, afirmou que a oportunidade de aprofundamento num dos pilares do Justiça Comunitária confirmou o que sua vivência no Programa e as experiências dela decorrentes vinham lhe mostrando: “Hoje, vejo bem como a mediação comunitária é eficiente na resolução dos conflitos, como instrumento do exercício da cidadania e de inclusão social. Vejo a técnica como um meio muito eficaz de se construir uma sociedade de fato mais democrática”.

Para Jéssica, entre outros méritos, o curso foi capaz de ampliar seus modos de pensamento e ação, sobretudo ao tratar de identidades, interesses e motivações. “Uma das lições mais valiosas que levo é o aumento de minha responsabilidade junto à comunidade para que eu atue de forma mais propositiva. Isso pode ser feito não só como mediadora de conflitos, mas como multiplicadora de conhecimentos. Posso ajudar às pessoas a verem os conflitos não mais apenas de forma negativa, mas como uma oportunidade que têm de exercer a sua autonomia ao resolvê-los. Uma comunidade capaz de exercer a autogestão: acho que essa é uma das grandes ‘sacadas’ do PJC”, conclui a nova agente. 

Os Agentes Comunitários de Justiça são voluntários que, após processo de seleção e credenciamento, são capacitados para trabalhar junto às suas comunidades como mediadores de conflitos, bem como na educação para os direitos e na articulação de redes sociais. Formados pelo PJC, os agentes podem também tornar-se formadores e multiplicadores das propostas de democratização do acesso à justiça abraçadas pelo Programa.