Artigo de profissionais da SEFAM integra a última edição da revista de jurisprudência do TJDFT

por LC/SECOM/VIJ-DF — — publicado 2017-10-31T17:20:00-03:00

RDJEm nove páginas, os autores abordam o programa Vivências & Convivências que se destina a acompanhar famílias adotantes durante o estágio de convivência

O dia 29 de setembro foi especial para os psicólogos da Seção de Colocação em Família Substituta (SEFAM) Anna Cristina Pereira, Carlos Bohm, Luiza Santoucy, Niva Campos e Patrícia Serejo. A data marcou o lançamento no Auditório Sepúlveda Pertence do TJDFT da Revista de Doutrina e Jurisprudência (RDJ), Volume 108, nº 2, contendo artigo de autoria dos profissionais sobre os 10 anos do Programa Vivências & Convivências, que visa ao acompanhamento em grupo de famílias durante o estágio de convivência nos processos de adoção.

Em nove páginas, os autores discorrem sobre a evolução do Programa, suas modalidades e os principais resultados ao longo de uma década. O acompanhamento das famílias adotantes no estágio de convivência é uma exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Durante o texto, a equipe demonstra um gradual aumento do número de requerentes acompanhados pelo Programa. “O Programa constitui forma eficaz de acompanhar os estágios de convivência, a qual assegura a proteção integral de crianças e adolescentes e previne novas rupturas e desistências”, dizem os autores no abstract.

O artigo também mostra que a equipe interprofissional atua de modo a mediar, orientar e acompanhar as etapas de aproximação gradual e a inserção do adotando no novo lar, respeitando a singularidade e o tempo para a construção de vínculos. A colocação da criança ou adolescente na família adotante é dividida em duas etapas: a apresentação e o pré-acolhimento e o pós-acolhimento familiar, que costuma se estender pelo prazo do estágio de convivência fixado pelo magistrado no processo de adoção.

Sobre esse vínculo inicial, os profissionais dizem que alguns adotantes, na fase de acompanhamento do estágio de convivência, experimentam sentimentos ambivalentes de amor e ódio pela criança e percebem, nesse momento de vínculo incipiente e frágil, artificialidade na relação com a criança/adolescente, e muitos se sentem desiludidos e impotentes para transpor essa etapa rumo à consolidação e ao fortalecimento do vínculo parental-filial. "Por esse motivo é  importante que haja um acompanhamento cuidadoso dessas famílias, haja vista que o processo de afiliação requer investimento mútuo e transmissão de representações, afetos, pulsões e saberes entre adotantes e adotados", sustentam. 

Para os autores, o atendimento das famílias em grupo propicia o aumento da eficiência do acompanhamento individual em decorrência dos benefícios inerentes ao grupo: apoio, universalidade, compartilhamento de informações, coesão, não estigmatização, aprendizagem interpessoal, treinamento de habilidades sociais e a instilação da esperança.

Reconhecimento

Quanto à honra de se ter um artigo publicado em respeitada revista do TJDFT, Niva Campos, autora e também supervisora substituta da SEFAM, diz que um trabalho exitoso feito em equipe deve ser partilhado. “No cumprimento das determinações judiciais, as equipes interprofissionais constroem saber que precisa ser compartilhado. Esse artigo revela o desenvolvimento de um programa da equipe psicossocial de adoção da VIJ-DF (SEFAM), que vem se consolidando há uma década. Publicar na revista RDJ, que existe há mais de 50 anos, é uma honra”, comemora Niva.

O juiz Renato Scussel, titular da VIJ-DF, elogiou os profissionais da SEFAM. "Trata-se de servidores altamente capacitados que, constantemente, buscam a produção acadêmica. Estão sempre atualizando seus conhecimentos para atingir a excelência no desempenho da atividade psicossocial da Vara. Estão todos de parabéns". 

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