Juíza do TJDFT fala à TV Justiça sobre a representação feminina no Poder Judiciário

por ACS — publicado 2018-12-12T13:30:00-03:00

Imagem da juiza durante a entrevistaA juíza do TJDFT Caroline Santos Lima participou do 'Programa Fórum', da TV Justiça, na última segunda-feira, 10/12. Na ocasião, a magistrada falou acerca da participação feminina no judiciário brasileiro, bem como das condições encontradas no exercício jurisdicional. Para compor a roda de discussões sobre o tema, o programa contou ainda com a participação da vice-presidente da ANAMATRA, Noêmia Garcia, e com a presidente da AJUFE, Candice Lavorat.    

Composto por apenas 37% de mulheres, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça- CNJ, o judiciário brasileiro tem buscado maneiras de inverter este quadro e aumentar a participação feminina na magistratura. Em setembro deste ano, a Resolução 255/2018 que incentiva a participação feminina no poder judiciário entrou em vigor. Além disso, o Presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Dias Toffoli, reuniu-se com 40 lideranças femininas da magistratura para discutir o tema. 

Para a magistrada do TJDFT, as ações apresentadas pela alta cúpula do judiciário nacional tem grande importância no âmbito jurisdicional. "Além de ter todo o simbolismo, por ser o presidente do Supremo e do CNJ trazendo o assunto para discussão, também tem um efeito prático muito grande, porque é um espaço em que será possível discutir o porquê da queda dos números da participação das mulheres, a própria qualidade de trabalho, questões como o 'home office', questões de promoção, ambiente de trabalho, então, assim é um espaço de discussão que, provavelmente, trará conclusões que vão refletir a realidade", disse a juíza Caroline Santos. 

A magistrada ainda comentou sobre a atuação das mulheres no ato jurisdicional. "Embora as decisões judiciais tenham o mesmo peso, a voz da mulher é constantemente interrompida. É mais difícil de se impor. Muitas vezes a magistrada tem que falar mais alto em uma sala em que tá tomada por advogados homens, promotores, e isso é uma queixa costumeira", contou a juíza substituta do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília. 

Clique aqui e confira, na íntegra, a participação da magistrada no programa Fórum.