Juíza do TJDFT fala sobre constelação familiar ao Bom Dia DF

por ACS — publicado 2018-02-22T13:37:00-03:00

Juíza Magáli DellapeA juíza Magáli Dellape Gomes, titular da Vara Cível, de Família e de Órfãos e Sucessões do Núcleo Bandeirante, concedeu entrevista ao programa Bom Dia DF, da Rede Globo, na manhã desta quinta-feira, 22/2. A magistrada, que é a Coordenadora do Projeto Constelar e Conciliar do TJDFT, falou sobre o funcionamento da técnica de constelação familiar na resolução de conflitos. Clique aqui e assista à entrevista, no site da TV Globo.

De acordo com a juíza, a "constelação familiar consiste em uma técnica terapêutica, utilizada em única sessão", quando três fatores são trabalhados: a reorganização da família; a inclusão de pessoas excluídas; e o equilíbrio da família. Para ela, a atuação dos consteladores "faz com que aquela família que tem um processo judicial perceba a origem do problema (...) e consiga mudar a sua perspectiva, trazendo menos litígio para aquela família", afirmou.

A magistrada ainda falou sobre o trabalho dos consteladores voluntários, sobre os grupos de constelação, sobre as formas de entrada no projeto e sobre a alta média de êxito: "no projeto Constelar e Conciliar, que eu coordeno, junto ao TJDFT, nós temos uma média de 79% de acordos, quando o processo é encaminhado para constelação". Para ela, esse índice aumenta muito quando a família inteira está presente.

Por fim, a juíza Magáli Dellape Gomes falou sobre o "número ínfimo de rejudicialização, ou seja, os processos que vão para a constelação familiar normalmente não voltam para a Justiça". Para ela, após a constelação "não há nova discussão do caso, porque o problema daquela família foi apaziguado".

A técnica já é empregada com sucesso nos Tribunais da Bahia, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Goiás. O objetivo das constelações é reduzir a excessiva judicialização das divergências e incrementar a celeridade processual. As vivências realizadas ajudam a identificar conflitos escondidos por trás de demandas judiciais, viabilizando a resolução de lides e promovendo a paz social.

A ação está em consonância com a Resolução 125/2010 do CNJ, que estimula práticas que proporcionam tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário.

A Constelação Familiar é uma oficina vivencial para a qual as partes dos processos são convidadas, mas cuja participação é completamente voluntária. A técnica ajuda a identificar conflitos escondidos por trás das demandas judiciais, por meio do esclarecimento de percepções equivocadas das relações familiares.

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