Supervisor da VIJ-DF participa de painel universitário no UniCEUB sobre adoção

por ACS — publicado 2018-09-17T10:05:00-03:00

Walter GomesO supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal – VIJ-DF, Walter Gomes, participou de painel sobre adoção infantojuvenil realizado pelo Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, no campus II de Taguatinga, na quinta-feira, 13/9. Conduzido no estúdio de rádio do curso de Jornalismo, o painel fez parte de trabalho acadêmico de alunos da disciplina Radiojornalismo II, com transmissão radiofônica, televisiva e por redes sociais.

Na sua fala, Gomes abordou os critérios jurídicos e psicossociais utilizados na avaliação das pessoas ou famílias que desejam se habilitar à adoção de crianças e adolescentes bem como o perfil das meninas e meninos disponibilizados para adoção no Distrito Federal. “Não existe diferenciação alguma na aplicação de protocolos psicossociais de avaliação em razão do desenho familiar do candidato, ou seja, independentemente da orientação sexual, do estado civil, da situação socioeconômica, da preferência religiosa, todos os candidatos são submetidos às mesmas regras e crivos, sem qualquer discriminação”, esclareceu.

O supervisor ressaltou ainda que o tempo de espera para a concretização de uma adoção está estreitamente relacionado ao perfil de criança desejado pelo candidato. “Quanto mais restrito o perfil da criança – menos de 1 ano de idade, saudável e sem irmãos –, maior será o período de espera. Por outro lado, à medida que o perfil recebe flexibilização e ampliação, a possibilidade de abreviação do tempo de espera é maior”, explicou. Gomes afirmou que a adoção de crianças com até 9 anos no âmbito do DF tem sido uma realidade consolidada, inclusive com irmãos. “Entretanto, a partir dos 10 anos, torna-se mais difícil a criança ser adotada”, ressalvou.

Segundo o supervisor da VIJ-DF, o grande desafio das varas da infância e juventude do País e dos grupos de apoio à adoção é desenvolver estratégias de sensibilização em prol da adoção de adolescentes. “Para tanto, as propostas de busca ativa já encampadas por diversos tribunais estaduais têm sido de extrema importância, tendo em vista que esses jovens disponibilizados para adoção e que são preteridos pelas famílias habilitadas têm a possibilidade de expressarem seus desejos, sonhos e esperança através de vídeos, cartas e desenhos, com o intuito de sensibilizar e despertar o interesse de famílias para adotá-los”, relatou.

Gomes compartilhou também a atual estatística do cadastro de adoção da VIJ-DF: dos 132 aptos à adoção, 90 são pré-adolescentes e adolescentes, com idade entre 10 e 18 anos incompletos; e das 502 famílias habilitadas no DF, nenhuma manifestou interesse em adotar adolescentes. Para finalizar sua fala, o supervisor enfatizou que a qualidade da preparação, a disponibilidade afetiva, o engajamento de toda a família e o compromisso de priorizar o interesse e o bem-estar do adotando estão por trás de toda e qualquer adoção bem-sucedida.

Leia aqui o recente artigo do supervisor sobre busca ativa para adoção.