Grupo de Trabalho do Maria da Penha Vai à Escola planeja próximas ações do projeto

por CS — publicado 2019-04-25T10:10:00-03:00

Grupo de Trabalho do Maria da Penha Vai à Escola realiza primeira reunião do ano com todos os partícipes

Os juízes coordenadores do Núcleo Judiciário da Mulher, Ben-Hur Viza e Fabriziane Zapata, reuniram-se nesta quarta-feira, 24/4, no Memorial TJDFT - Espaço Desembargadora Lila Pimenta Duarte, com o grupo de trabalho do Acordo de Cooperação Técnica do projeto Maria da Penha Vai à Escola (MPVE). Na ocasião, os atuais representantes das instituições que o integram puderam se conhecer e receber um panorama das ações já realizadas pela equipe, além daquelas que ainda devem acontecer ao longo deste ano.

Outros itens da pauta foram a admissão da Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) como partícipe do grupo, o repasse de informações referentes à renovação do Acordo – em vigor até março de 2020 – e a proposta de criação de um Comitê Gestor, composto por dois representantes de cada ente participante, indicados por portaria, com reuniões bimestrais e a atribuição para deliberar sobre questões afetas à execução do projeto nos moldes do ACT.

Falou-se, ainda, sobre a possibilidade de se instituir uma premiação aos professores que desenvolverem práticas bem-sucedidas em temáticas relacionadas à prevenção e ao enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. A previsão é de que o primeiro prêmio seja entregue no início do segundo semestre.

Fortalecimento da parceria

Para a 2ª Vice-Presidente do TJDFT, desembargadora Ana Maria Duarte Amarante Brito, que fez a abertura dos trabalhos da reunião, é importante fortalecer a política de parceria que existe entre a rede de órgãos que faz o Maria da Penha Vai à Escola funcionar, “pois esta parceria é o sustentáculo do projeto”, reforça ela.

Ao lado do juiz Ben-Hur Viza, a juíza Fabriziane Zapata apresentou alguns números do projeto e ponderou sobre a necessidade de se combater o machismo e o patriarcado: “São conceitos arraigados há séculos, não será em um dia que conseguiremos vencer isso”.

Maria da Penha 2Por este motivo, a magistrada acredita que o objetivo do MPVE é trabalhar de forma transversal, para que o tema possa ser abordado pelos professores em todas as disciplinas. “A educação é o único caminho para deixarmos de remediar os casos de violência, abusos e mortes de meninas e mulheres e atacarmos a raiz do problema, que é a formação de meninos que respeitem as meninas desde a infância. Para isso, temos que começar cedo, muito cedo”, avaliou ela.

Estiveram presentes à reunião representantes das Polícia Civil e Militar do DF, da Defensoria Pública, do Ministério Público do DF e Territórios, da Ordem dos Advogados (OAB/DF), das secretaria da Mulher, da Criança, de Educação e de Segurança Pública do Distrito Federal, além de membros da Universidade de Brasília (UnB) e do Uniceub. À frente da pasta da Procuradoria da Mulher na CLDF, a deputada distrital Júlia Lucy também compareceu ao encontro.

Fotos: TJDFT