#EuConcilio conta como duas irmãs voltaram a se relacionar após mediação no Cejusc/Brasília

por MLC — publicado 2019-10-16T18:48:00-03:00

FACE---eu-concilio.pngO TJDFT iniciou a série "Eu Concilio", que mostra a cada semana, no site ou no Facebook institucional, um caso no qual as partes construíram acordo satisfatório para os envolvidos, solucionando demandas de naturezas diversas; ou um depoimento de colaboradores dessa prática, registrando sua opinião sobre experiências na realização de acordos. A ação integra os preparativos do TJDFT para a XIV Semana Nacional da Conciliação, realizada anualmente pelo CNJ em conjunto com os Tribunais de Justiça de todo o país, no mês de novembro. 

Nesta semana, você vai saber como duas irmãs, que litigavam em razão de uma obra realizada na casa de uma delas, voltaram a se relacionar após a mediação realizada no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania de Brasília – Cejusc/Brasília. 

Luciana e Andréia, nomes fictícios, haviam planejado dividir o mesmo terreno e, para tanto, Luciana construiu um segundo andar na casa de Andréia, com entrada independente, para morar com sua família. Tudo funcionou bem durante algum tempo até que algumas situações ocorridas tornaram inviável a convivência de todos juntos no mesmo imóvel. Luciana desocupou o segundo andar e mudou-se com sua família. Elas negociaram uma forma interessante de compensar as benfeitorias feitas na casa, sem sucesso, até que a ação foi ajuizada e o caso foi encaminhado ao Cejusc/Brasília. 

Foram realizadas diversas sessões individuais de pré-mediação para elucidar bem todos os detalhes do caso, trazer à tona os reais interesses de todos os membros das duas famílias, trabalhar os sentimentos envolvidos, gerar opções de solução e analisar as alternativas ao acordo. Um desafio particular deste caso foi o envolvimento dos maridos e dos filhos de ambas, que não puderam estar todos presentes às sessões, mas, mesmo assim, tiveram suas necessidades consideradas na solução do conflito. Houve diversos momentos em que a mediação quase foi encerrada, em razão dos sentimentos envolvidos e da necessidade de se preservar o bem maior, que é o de nunca agravar o conflito na mediação. 

Mas, felizmente, com o esforço de ambas e de seus maridos, foi possível uma composição que restaurou, na medida do possível para aquele momento, a comunicação entre as irmãs e possibilitou o início de um processo que vem aproximando as duas. Hoje, a relação entre elas ainda não voltou a ser como era antes do conflito, mas está muito melhor do que antes da mediação e continua evoluindo positivamente.  

"No ano de 2015 fui acionada judicialmente pela minha irmã Luciana com uma ação na qual queria um ressarcimento com juros e correção monetária. Então, em 2017, fomos intimadas a comparecer em audiências de mediação nas quais foi tudo resolvido de forma tranquila e menos prejudicial para ambas as partes, pois como somos irmãs consanguíneas, a situação tornou-se psicologicamente traumática e sofrida; porém, o serviço de mediação nos ajudou muito e o resultado nos foi satisfatório.", disse Andréia.

CEJUSCS/TJDFT

Desde 2003, o TJDFT realiza mutirões e semanas de conciliação, sempre buscando inovar e pacificar. Para isso, conta atualmente com o Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação - NUPEMEC e 21 Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSC, que são responsáveis pela implantação e implementação da Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos de Interesse no âmbito do TJDFT, conforme a Resolução 125/10 do CNJ. As referidas unidades integram a 2ª Vice-Presidência do Tribunal, comandada pela desembargadora Ana Maria Duarte, no atual biênio 2018-2020.