COVID-19: VEP/DF esclarece que não há presos contaminados no sistema prisional do DF

por AB — publicado 2020-04-07T19:54:00-03:00

Diante da contaminação de cinco agentes penitenciários lotados no lotados no Centro de Internamento e Reeducação – CIR, que testaram positivo para o coronavírus COVID-19, a juíza da VEP/DF esclarece que existe um protocolo criado pela equipe de saúde prisional para agir nos casos de surto, que está sendo rigorosamente seguido, e reitera que, até a data de hoje, não há internos contaminados no sistema prisional do DF.

Ao informar o número de casos positivos, o diretor do CIR diz que vem cumprindo determinação judicial e orientação dos órgãos de saúde do DF e informa que o procedimento adotado na unidade consiste em afastar do trabalho todo e qualquer agente com suspeita de contaminação. “O CIR, assim como as demais unidades do complexo penitenciário, adotam procedimentos de contato zero com os internos, ou seja, o procedimento padrão ou rotineiro é o agente não tocar ou não ter o contato com os internos. O contato com os internos ocorreria por meios de barreiras físicas (grades). Diante da pandemia, a unidade vem adotado rotinas de limpeza e desinfecção dessa grades de forma mais intensificada. Diariamente as áreas comuns onde transitam e tocam internos e agentes são limpas com hipoclorito de sódio 3 (três) vezes ao dia”, afirma o diretor. Além disso, registra que os agentes penitenciários usam EPIs no seu trabalho diário e ratifica: “Em relação aos internos, nesta data não temos na unidade nenhum caso de interno contaminado”.

Quanto à rotina dos agentes penitenciários, a juíza explica que quando eles chegam pra trabalhar, caso apresentem/relatem algum sintoma, são encaminhados diretamente para o serviço médico. “Foi exatamente o que aconteceu com esses agentes contaminados”, diz a magistrada. Do médico do presídio, eles seguiram direto para o hospital, onde fizeram o teste e de lá foram pra as respectivas residências aguardar o resultado do teste. Com o teste positivo, entraram em licença.

Em relação ao procedimento adotado quanto aos internos que chegam ao CIR, a magistrada informa que estes ficam separados por um período de 14 dias, que é o tempo que o vírus fica encubado no organismo. Se o preso não apresentar sintoma, ele sai da “quarentena”. Se vier a apresentar, receberá o tratamento indicado. Além disso, os internos do grupo de risco (cardiopata, hipertensos, diabéticos, HIV e outros) foram lotados em uma ala separada, na qual recebem monitoração contínua da equipe médica.

Por fim, o diretor do CIR registra que foi intensificada a entrega semanal de material de limpeza e de higiene ao estabelecimento prisional, sendo fornecido aos internos produtos em quantidade maior do que a usual, durante o período atual. A juíza da VEP/DF registra, por fim, que segue acompanhando de perto a situação de todos os presídios locais, a fim de incrementar mais ainda o protocolo aplicado e adotar novas medidas, caso necessário, visando resguardar a saúde dos demais agentes e dos presos sob a guarda do Estado.