Evento virtual celebra os 60 anos do TJDFT com história, exposição e quadrinhos

por AR — publicado 2020-12-11T19:54:00-03:00

memorial 1112.jpegO ‘Memorial TJDFT virtual: arte e cultura em casa’ levou ao público história, paisagens de Brasília, desenho em quadrinhos e troca de ideias. Na tarde desta sexta-feira, 11/12, junto com a apresentação dos produtos comemorativos dos 60 anos, foram lançados o livro “O fantástico mundo de Gauri-Chan" e a exposição virtual “Brasília 60 anos, um atelier ao ar livre”, que fica em cartaz por três semanas. 

Transmitido pelo canal do TJDFT no Youtube, o evento foi considerado pela 1ª Vice-Presidente, Desembargadora Ana Maria Duarte, como um marco para o Memorial TJDFT – Desembargadora Lila Pimenta Duarte. “Pela primeira vez, o TJDFT se reúne em um evento 100% online, que tem por objetivo reunir arte, cultura e história", comentou. 

Na primeira parte do evento foram apresentados o Livro TJDFT 60 anos, o hotsite comemorativo e o vídeo institucional que traz a história da Casa, os principais projetos e casos curiosos vividos pela Justiça local nas últimas seis décadas. Conheça o hotsite comemorativo! 

Segundo o presidente do TJDFT, Desembargador Romeu Gonzaga Neiva, o material produzido mostra a preocupação da nossa Justiça em preservar a sua história. “O foco central é preservar a memória, no caso aqui a memória da Justiça do Distrito Federal. (...) Me satisfaz saber e constatar que não estamos descurando da nossa história. Há muito temos trabalhado para formar e preservar a memória, e o lançamento dos 60 anos é a prova disso”, ressaltou.  

A iniciativa de produzir o livro foi um pedido do ex-Presidente do TJDFT, Desembargador Romão Cícero de Oliveira, na gestão 2018-2020, à então 1a. Vice-Presidente, Desembargadora Sandra De Santis. A magistrada lembrou que o Livro TJDFT 60 anos dá continuidade à obra que retrata os 50 anos da Justiça do DF.  “Por meio dela, visamos estabelecer a prática de, a cada 10 anos, editar um volume sobre a história da Justiça Distrital e nela registrarmos o acervo artístico de relevância do tribunal, as ações e histórias do último decênio da Casa e o selo institucional, escolhido por meio de concurso”, explicou. A desembargadora, hoje atual 2ª Vice-Presidente, lembrou ainda que todo o material, incluindo o vídeo institucional e as entrevistas feitos pelo Programa História Oral, estão reunidos no hotsite comemorativo.     

Arte, quadrinhos ... 

Além da história da Casa, a pintura e o desenho em quadrinho também entraram em cena. A exposição “Brasília 60 anos, um atelier ao ar livre” e o livro “O fantástico mundo de Gauri-Chan" são uma opção para quem quer se divertir sem sair de casa.  Os lançamentos foram seguidos de um bate papo descontraído com o público, que pôde conhecer melhor os artistas e as suas obras.

Tanto a arte quanto a conversa foram um momento de descontração.  “Esse evento vai além da conservação e da memória. Ao prestigiar obras de arte, nós estamos trazendo nesse momento de isolamento e que acabam por gerar tristeza, um momento especial em que vamos apreciar a beleza. E a beleza faz com que nosso espírito possa se reequilibrar e se reenergizar”, comentou a Corregedora de Justiça do DF, Desembargadora Carmelita Brasil.  

Também participaram do evento a Conselheira do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, Ivana Faria; o Juiz Assistente da 1ª Vice-Presidência, Francisco Antônio Alves de Oliveira; e a artista plástica Verônica Saiki 

memorial 11122.jpegArte e quadrinhos 

O segundo bloco do evento começou com a exposição “Brasília 60 anos, um atelier ao ar livre”, do artista plástico Otoniel Fernandes. A mostra 100% virtual fica em cartaz por três semanas e pode visitada clicando aqui.  

As telas começaram a ser feitas em 2019 depois de um encontro entre o artista e a Corregedora do TJDFT, Desembargadora Carmelita Brasil. Na época, a magistrada lançou o desafio ao artista: pintar a capital federal que em breve completaria 60 anos. Desafio aceito, o resultado são mais de 30 quadros que mostram as belezas e as cores da cidade.  

“Na época, eu falei que sempre quis pintar Brasília e fui deixando para depois e que o convite tinha tudo a ver porque estávamos próximos dos 60 anos cidade. Ai, comecei a trabalhar. E a vantagem de pintar Brasília é porque a gente sempre encontra uma sombra de uma árvore (...). Geralmente, nosso trabalho ao ar livre é na época de estiagem. Então, essa estiagem coincide com os melhores momentos da natureza, da luz, sombra, os passarinhos, o ipê amarelo, o ipê rosa. Brasília lindíssima e eu quis mostrar esse lado. (...).  Pintar Brasília é um desafio maravilhoso”, contou.  

Há quatro décadas pintando e expondo seu trabalho pelo país, essa é a primeira vez que o artista cearense participa de uma exposição virtual. Para ele, a chance de que sua arte chegue a mais espaços. “Tenho 41 anos de pintura e hoje inauguro minha primeira exposição virtual, graças ao Memorial do TJDFT. A tecnologia está nos ajudando nesse sentido, facilita bastante nosso trabalho. E pensar que a gente pode mostrar essa exposição em outro país instantaneamente é fantástico”, disse.   

História em quadrinho  

A história em quadrinhos também teve seu espaço durante o ‘Memorial TJDFT virtual: arte e cultura em casa’. O servidor do TJDFT Guilherme Alexandre Vieira apresentou seu livro “O fantástico mundo de Gauri-Chan", que traz a história de um menino que, junto com um amigo imaginário, sonha em ser desenhista de quadrinhos. 

De acordo com o autor, o personagem tem traços autobiográficos. “Eu quero me tornar um quadrinista e criei esse personagem que realmente é um pouco inspirado em mim. Ele é uma criança de 12 anos que quer ser um desenhista de quadrinhos quando crescer e tem esse amigo mágico”, conta, explicando que o amigo “é o subconsciente que inspira ele e dá um direcionamento” ao Gauri-Chan.  

Guilherme conta que, apesar do uso do sufixo Chan, a obra não possui tanta influência dos quadrinhos japoneses. “A obra em si ela tem mais características de um gibi ocidental. Ele traz mais influência de Turma da Mônica. Além disso, tem uma influência muito importante do gibi Calvin e Haroldo”. Acredito que do japonês, de forma geral, o que mais influencia é a filosofia que o Gauri-Chan quer passar”, afirma.       

Os trabalhos artísticos de Otoniel Fernandes e de Guilherme Alexandre foram aprovados para Exposições Temporárias de Arte e Lançamentos de Livro no Memorial TJDFT - Calendário 2020.