Juíza do TJDFT fala em artigo sobre aumento da violência contra idosos na quarentena

por ACS — publicado 2020-07-28T13:14:56-03:00

O site do TJDFT traz nesta semana o novo artigo:  “Bolo de chocolate, vovó e agressões”, de autoria da juíza Monize Marquessobre o aumento no número de denúncias de prática de violência contra a pessoa idosa durante o período de isolamento social. A magistrada é coordenadora do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania de Taguatinga e de Águas Claras e uma das coordenadoras da Central Judicial do Idoso.

No último domingo, dia 26 de julho, foi celebrado o Dia dos Avós (assista aqui ao vídeo da Central Judicial do Idoso sobre o Dia dos Avós). Contudo, para a juíza Monize Marques, vivemos ainda em uma sociedade que discrimina, de forma sutil, os idosos. Para ela, no Brasil a velhice ainda “é demonstrada por símbolos relacionados à decrepitude, incapacidade e dependência”, numa clara criação de estereótipos contra o envelhecimento, o que ficou conhecido como “ageísmo”.

Para ela, a prática do ageísmo por uma “sociedade preconceituosa legitima a violência contra a pessoa idosa”. Assim, de março a maio deste ano, o número de denúncias registradas pelo Disque 100, do Governo Federal (MMFDH), cresceu assustadoramente, saltando de 3 mil para 17 mil denúncias de prática de violência contra a pessoa idosa.

A magistrada questiona se o isolamento social, “que forçou a convivência familiar intensa, notabilizou a vulnerabilidade desse grupo”, está ligado ao aumento vertiginoso das práticas delituosas no contexto das famílias.

Para a juíza Monize Marques , “o envelhecimento exige uma nova compreensão das estruturas familiares e também de um maior planejamento para esta etapa da vida”. 

“Os velhos não têm só a prerrogativa de conhecerem o passado. Sua capacidade de suportar dores, ultrapassar barreiras e encarar grandes desafios os fazem uma fonte inesgotável de resiliência e esperança. Através dessas vivências, nós, mais novos, somos inspirados a prosseguir, confiantes de que tudo passa e, normalmente, termina bem”, afirma a magistrada no artigo.

O artigo está disponível na página principal da internet, no site do TJDFT, no espaço "Artigos”, local onde são divulgados periodicamente assuntos importantes para a Justiça local por meio de porta-vozes da Casa e pessoas relevantes do meio jurídico.

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