Servidor do TJDFT representará o Brasil nos Jogos de Tóquio 2020

por SB — publicado 2020-03-03T11:12:00-03:00

Sergio-Oliva.jpgPela quarta vez em sua carreira, o servidor do TJDFT e atleta Sérgio Oliva vai representar o Brasil em uma paralimpíada, na modadlidade de adestramento paraequestre. Aos 37 anos, Sérgio prepara-se para defender o verde e amarelo nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, que serão realizados entre os dias 25 de agosto e 6 de setembro. Em seu currículo, estão duas medalhas de bronze alcançadas nas Paralimpíadas do Rio 2016 e a participação nos Jogos de Londres 2012 e Pequim 2008. 

Animado, Sérgio diz que está muito feliz por mais uma oportunidade de “representar o Brasil no maior evento esportivo do mundo”. Há um mês, a Federação Equestre Internacional - FEI e a Confederação Brasileira de Hipismo - CBH confirmaram sua participação nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020. “Sei da minha responsabilidade nesse desafio, já que sou o atual medalhista de bronze dos jogos do Rio 2016. Essa conquista foi um trabalho e dedicação de quatro anos. Estou focado em representar bem, mais uma vez, o TJDFT, Brasília e o Brasil. Sei que não será fácil, mas me esforçarei ao máximo em busca da medalha de ouro”, assegura.

Vivendo entre os cavalos há mais de 30 anos, Sérgio é hoje um dos maiores nomes do esporte paralímpico nacional, tendo sido também oito vezes campeão brasileiro e uma vez campeão mundial. Começou praticando equoterapia em 1989 e, em 2002, migrou para o adestramento paraequestre. Há cerca de 15 anos, passou a desenvolver o esporte de forma competitiva.

Sérgio é um dos trigêmeos de sua família e o único dos irmãos com deficiência. Nasceu com paralisia cerebral e triplegia, que é a perda total das funções motoras em três membros. Aos 13 anos, caiu no vidro da portaria do prédio, acidente que lhe provocou uma lesão no braço direito, que antes era normal. A deficiência moveu-o a vencer obstáculos que nunca o impediram de conquistar seus sonhos.

Neste momento, um dos desafios que se apresentam é a busca por patrocínio. "O esporte, no ano olímpico, ganha visibilidade, porém, por falta de interesse do empresariado nacional, os atletas não conseguem os patrocínios necessários para financiar os esportes que praticam, sendo difícil convencer as empresas a associar as imagens dos atletas aos negócios que elas pretendem vender", desabafa Sérgio.

Formado em Direito e pós-graduado em Direito Público, Sérgio trabalha no TJDFT há 16 anos. Atualmente está lotado na Coordenadoria-Geral de Tecnologia da Informação – CGTI e nutre muita gratidão pelo apoio que recebe dos colegas do Tribunal, todos sempre engajados na torcida, em cada uma de suas competições. Agradece também o apoio permanente da família.

Até os jogos de Tóquio, Sérgio ainda tem muitos leões para matar, mas sabe que, assim como ele, todos os colegas do TJDFT torcem para que seu currículo seja ainda mais abrilhantado por uma medalha de ouro. Boa sorte, Serginho, o TJDFT está com você!