CNJ divulga resultado de pesquisa sobre Assédio e Discriminação no Poder Judiciário

por ACS — publicado 2022-06-24T13:44:00-03:00

Audiodescrição: Imagem da capa da Pesquisa Nacional Assédio e Discriminação no Âmbito do Poder Judiciário - CNJ. Fundo roxo, sobre o qual aparece a foto  de um homem e de uma mulher negros e de um homem branco em cadeira de rodas. Aparece a imagem de uma mão espalmada em vermelho.O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou o resultado de pesquisa realizada entre os dias 22 de novembro e 17 de dezembro de 2021, sobre a prática de assédio e discriminação no ambiente laboral do Poder Judiciário.

A iniciativa partiu do Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual e da Discriminação no Poder Judiciário, criado por determinação do artigo 15 da Resolução CNJ 351/2020, a qual instituiu a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no âmbito do Judiciário.

Participaram voluntariamente da pesquisa 14.965 profissionais, dos quais 55,7% afirmaram que o assédio e a discriminação já estiveram presentes em seu cotidiano de trabalho. Considerando a etnia, a raça e a cor das pessoas, os resultados apontaram que são os indígenas, com 73,5%, e as pessoas de cor preta, com 71,3%, os mais afetados.

A pesquisa demonstrou, também, que as mulheres são mais assediadas (11,8%) do que os homens (9,3%) e que o assédio moral é o mais praticado (74,1%), sendo que os agressores, em 74,4% dos casos, são superiores hierárquicos das vítimas.

Os números da sondagem também mostram que poucas pessoas assediadas ou discriminadas denunciam o ocorrido (13,9%) por acreditarem que não serão tomadas providências contra os agressores (49,1%) ou por medo de sofrer represálias (48%).

Embora mais da metade dos participantes (59%) tenha afirmado que não se sente seguro para realizar uma denúncia de assédio ou discriminação, 2.628 profissionais, os quais correspondem a 17,6% dos participantes da pesquisa, consideram que a Resolução CNJ 351/2020 fortaleceu o sentimento de proteção daqueles que trabalham no âmbito do Poder Judiciário.

Os resultados da pesquisa e outras informações sobre o tema estão na página da Integridade do TJDFT.