"Revolução cognitiva transformadora", afirma magistrado em encontro do TJDFT sobre Inteligência Artificial
O magistrado relatou sua experiência pessoal e profissional com o uso diário de ferramentas de IA e afirmou que já estamos vivendo uma revolução cognitiva transformadora, acelerada e que vai afetar como o ser humano produz conhecimento. George Marmelstein defendeu a tese de que, daqui a um ano, todas as etapas da atividade jurídica (análise, pesquisa, decisão, escrita, criação) serão realizadas com ajuda da IA Generativa. E isso pode ser bom ou ruim, a depender de como nós usamos.
“A mensagem que quero deixar é de que a gente tem que pensar na máquina como extensão do pensamento, para que nos tornemos mais humanos. Não é substituir a máquina pelo ser humano. É aumentar a humanidade e fazer com que a máquina trabalhe para o ser humano”, disse.
Boas Práticas
Em seguida, teve início a apresentação de mais boas práticas dos tribunais participantes do evento. A primeira da manhã coube ao TJDFT, com a apresentação “IA Generativa no TJDFT - Da Engenharia de Prompt ao Exame de Admissibilidade”, ministrada pelo subsecretário de Gestão Integrada de TI (SUGIT/SETI), Raymundo Avelino Aben-Athar, e pela servidora Ana Luiza Nogueira de Avellar Neto.
Os palestrantes falaram sobre os desafios técnicos e humanos enfrentados pelo Tribunal na implantação da IA, além de detalhes envolvidos na integração e aproximação da área de Tecnologia da Informação da Corte com os(as) magistrados(as) e servidores(as) da área fim.
“Mais do que criar agentes, penso que estamos criando no TJDFT uma nova dinâmica institucional baseada na colaboração das áreas, na valorização do conhecimento jurídico, de um lado, e na abertura ao diálogo com a inovação, de outro”, destacou a servidora Ana Luiza.
Outra boa prática também foi apresentada por servidores do TJDFT. Com o título "Soluções de IA Integradas ao PJe", os servidores Ricardo Ortegal e Leonardo Ramos apresentaram as ferramentas de IA desenvolvidas pelo Tribunal e já implantadas no PJe. Eles também ressaltaram os principais aspectos e vantagens do OdinGPT, sistema que será brevemente implantado no Tribunal.
Ele enfatizou o fato de que o sistema foi totalmente desenvolvido por servidores do TRF3, explicou e mostrou, em tempo real, o funcionamento da ferramenta e seu atual estágio de desenvolvimento.
Segundo Collado, o sistema tem como principal vantagem a flexibilidade, por ser um chat e permitir mudanças nas respostas apresentadas pelo recurso de IA.
A última boa prática da manhã foi apresentada pelo analista de sistemas do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJPI), Eucássio Lima Júnior, que expos os módulos, funcionalidades e ferramentas utilizadas para criação da JuLIA (Justiça Auxiliada pela Inteligência Artificial), na apresentação intitulada "JuLIA: Acelerando o Fluxo de Trabalho do PJe no TJPI".
Hackathon
O servidor do Laboratório de Inovação Aurora, Felipe Cirino Silva de Novais, explicou as regras da maratona Hackathon de Iniciativas em IA para Integração ao Sistema PJe.
Podem participar profissionais de tecnologia da informação (desenvolvedores, analistas, técnicos, arquitetos, cientistas de dados etc.), lotados ou em exercício nos tribunais participantes do evento. Acesse o regulamento oficial aqui.
Os trabalhos do encontro continuam na tarde desta sexta-feira, 22/8, com mais apresentações de boas práticas dos tribunais, um segundo momento de rodada de negócios e o encerramento das atividades.
Acesse as fotos do evento no Flickr do TJDFT.
Foto: Lucas
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